Vítima, que tinha apenas 20 anos, não foi a primeira paciente do profissional morta após um procedimento estético feito por ele
Não foi a primeira vez. O médico que fez as cirurgias plásticas na cabeleireira Edisa Soloni, 20, morta no último sábado após complicações em procedimentos estéticos foi o mesmo que realizou abdominoplastia na funcionária pública Kátia Maciel Dias, em 2011. Segundo a Polícia Civil, a mulher, na época com 39 anos, também morreu depois de ser operada pelo profissional de saúde, porém a cirurgia aconteceu em outra clínica.
E essa informação sobre a reincidência tem peso na apuração do caso. De acordo com a Polícia Civil, documentos do inquérito de Kátia entrarão como prova nas investigações da morte da cabeleira. “Os dois inquéritos estão vinculados e as provas vão ser utilizadas”, disse o delegado Vinícius Dias.
Nesta terça-feira, documentos e laudos médicos foram recolhidos na clínica que a cabeleira foi atendida, na região da Savassi, em BH. O material ainda será periciado.
Porém, informações preliminares da Civil indicam que houve erro. “O prontuário médico não seguia à risca os procedimentos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Conforme apurado pelos investigadores, a paciente tinha risco cirúrgico moderado e na unidade não tinha aparato de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Centro de Terapia Intensiva (CTI), adianta o delegado.
Familiares e amigos mais próximos da paciente morta ainda serão ouvidos pela investigação. A PC também vai ouvir o médico que fez as duas cirurgias e outros profissionais de saúde que prestaram atendimento à Edisa.
“Se for comprovado o envolvimento do médico ele pode responder por homicídio culposo, inclusive com dolo eventual”, disse o delegado Dias.
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