Nesse domingo (27) Fábio Damião dos Santos, 43 anos, morador do bairro Vila Bela sofreu um acidente de carro, atropelamento. Com muitas dores, os Bombeiros foram acionados e o levaram para o Hospital Professor Agamenon Magalhães (Hospam), mas – segundo a família – Fábio acabou não sendo atendido pelo ortopedista de plantão [veja este caso; e mais este, e mais este].
Revoltada com a situação, Emanuela Samila Pereira Dias, 29 anos, sobrinha do paciente, procurou a equipe do Farol de Notícias. Fábio deu entrada no Hospam por volta das 22h e ficou até as 2h sem atenção de ninguém, depois decidiu ir para casa e voltar ao Hospam somente quando o plantão médico mudasse.
“Meu tio estava na igreja e ao sair, ficou conversando do lado de fora, ele tem um carro que estava próximo e o filho mais velho dele pediu a chave do carro para poder guardar as bíblias, nisso o filho mais novo entrou no carro e deu partida e acelerou o carro, e o carro estava engatada a ré e meu tio estava atrás do carro, com isso o carro passou por cima dele. O pessoal da igreja chamou os Bombeiros e socorreram ele e levaram direto para o Hospam e assim ele chegou foi encaminhado para o Raio X, enquanto a esposa dele fazia a ficha…”, relatou Emanuela. Foi quando o suplício começou…
SUPLÍCIO NOS CORREDORES
A partir de então, Emanulea relata que Fábio começou a ser vítima de negligência. Ela relatou que o ortopedista ainda estava Hospam quando Fábio deu entrada, mas saiu para jantar e não voltou mais.
“O ortopedista ainda se encontrava no local e pediu para tirar o Raio X da perna, mas não pediu o Raio X das costelas, mesmo com meu tio falando que estava com muita dor na costelas. Depois do exame feito, meu tio voltou para o corredor para esperar o atendimento do médico. Deu 23h e ele ainda não tinha sido nem medicado, me ligaram e fui lá, meu tio estava pálido e com muita dor e nem conseguia se mexer direito. Falaram que o médico tinha ido jantar. Pedi para tentar entrar em contato com ele, ligaram para ele mais de uma vez e nada dele atender.”
ATÉ ÀS 2H DA MANHÃ
Fábio Damião, ficou aguardando o atendimento do ortopedista de plantão até às 2h da manhã, mas sem êxito nenhum, e decidiu ir para casa. “Fui atrás da direção, não tinha ninguém no Hospital, tentei ligar para ouvidoria e não funcionava. A única pessoa que me atendeu foi a assistente social, que me disse que não podia fazer nada sem o aval do médico. O clínico geral não quis atendê-lo, ele disse que não fazia parte da área dele. Quando deu 2h da manhã o ortopedista de plantão não apareceu, as dores pioraram e ele não aguentava mais ficar no corredor, fomos para casa sem atendimento e sem medicação alguma.”
TENTATIVA DE RETORNO: “O MESMO MÉDICO?!”
Hoje [segunda, 28] pela manhã, Emanuela ligou para o Hospam para saber quem era o ortopedista de plantão para levar Fábio novamente. E falaram que era o mesmo ortopedista do domingo. Com medo de passar por tudo de novo, eles não voltaram ao hospital e aguardam em casa a troca de plantonista. “Enquanto isso ele está se automedicando, vamos amanhã levá-lo para o Hospital de novo. Infelizmente não temos condições de ir no atendimento particular”, lamentou Emanuela.
DIREÇÃO DO HOSPITAL
A reportagem do Farol tentou contato com o diretor do Hospam, João Antônio Magalhães, para ouvir a posição do hospital diante a denúncia, mas não tivemos as chamadas atendidas.
O suplício de Fábio no Hospam: Dor e negligência mostram o quanto o serviço público precisa evoluir em Serra Talhada
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