terça-feira, 6 de outubro de 2020

Atendimento no Hospam é alvo de nova denúncia

 


Nesse domingo (27) Fábio Damião dos Santos, 43 anos, morador do bairro Vila Bela sofreu um acidente de carro, atropelamento. Com muitas dores, os Bombeiros foram acionados e o levaram para o Hospital Professor Agamenon Magalhães (Hospam), mas – segundo a família – Fábio acabou não sendo atendido pelo ortopedista de plantão [veja este casoe mais estee mais este].

Revoltada com a situação, Emanuela Samila Pereira Dias, 29 anos, sobrinha do paciente, procurou a equipe do Farol de Notícias. Fábio deu entrada no Hospam por volta das 22h e ficou até as 2h sem atenção de ninguém, depois decidiu ir para casa e voltar ao Hospam somente quando o plantão médico mudasse.

“Meu tio estava na igreja e ao sair, ficou conversando do lado de fora, ele tem um carro que estava próximo e o filho mais velho dele pediu a chave do carro para poder guardar as bíblias, nisso o filho mais novo entrou no carro e deu partida e acelerou o carro, e o carro estava engatada a ré e meu tio estava atrás do carro, com isso o carro passou por cima dele. O pessoal da igreja chamou os Bombeiros e socorreram ele e levaram direto para o Hospam e assim ele chegou foi encaminhado para o Raio X, enquanto a esposa dele fazia a ficha…”, relatou Emanuela. Foi quando o suplício começou…

SUPLÍCIO NOS CORREDORES 


A partir de então, Emanulea relata que Fábio começou a ser vítima de negligência. Ela relatou que o ortopedista ainda estava Hospam quando Fábio deu entrada, mas saiu para jantar e não voltou mais.

 “O ortopedista ainda se encontrava no local e pediu para tirar o Raio X da perna, mas não pediu o Raio X das costelas, mesmo com meu tio falando que estava com muita dor na costelas. Depois do exame feito, meu tio voltou para o corredor para esperar o atendimento do médico. Deu 23h e ele ainda não tinha sido nem medicado, me ligaram e fui lá, meu tio estava pálido e com muita dor e nem conseguia se mexer direito. Falaram que o médico tinha ido jantar. Pedi para tentar entrar em contato com ele, ligaram para ele mais de uma vez e nada dele atender.”

ATÉ ÀS 2H DA MANHÃ

Fábio Damião, ficou aguardando o atendimento do ortopedista de plantão até às 2h da manhã, mas sem êxito nenhum, e decidiu ir para casa. “Fui atrás da direção, não tinha ninguém no Hospital, tentei ligar para ouvidoria e não funcionava. A única pessoa que me atendeu foi a assistente social, que me disse que não podia fazer nada sem o aval do médico. O clínico geral não quis atendê-lo, ele disse que não fazia parte da área dele. Quando deu 2h da manhã o ortopedista de plantão não apareceu, as dores pioraram e ele não aguentava mais ficar no corredor, fomos para casa sem atendimento e sem medicação alguma.”

TENTATIVA DE RETORNO: “O MESMO MÉDICO?!”




Hoje [segunda, 28] pela manhã, Emanuela ligou para o Hospam para saber quem era o ortopedista de plantão para levar Fábio novamente. E falaram que era o mesmo ortopedista do domingo. Com medo de passar por tudo de novo, eles não voltaram ao hospital e aguardam em casa a troca de plantonista. “Enquanto isso ele está se automedicando, vamos amanhã levá-lo para o Hospital de novo. Infelizmente não temos condições de ir no atendimento particular”, lamentou Emanuela.

DIREÇÃO DO HOSPITAL 



A reportagem do Farol tentou contato com o diretor do Hospam, João Antônio Magalhães, para ouvir a posição do hospital diante a denúncia, mas não tivemos as chamadas atendidas.


O suplício de Fábio no Hospam: Dor e negligência mostram o quanto o serviço público precisa evoluir em Serra Talhada




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