domingo, 18 de outubro de 2020

Mãe de garoto com paralisia cerebral faz apelo por solidariedade

 

A mãe conta com doações para cuidar do filho

Há 14 anos um erro médico, após complicações durante o parto, fez com que a vida de Patrícia Abreu se transformasse. Hoje (12), no Dia das Crianças, Patrícia conta ao BHAZ as dificuldades de cuidar do filho, que sofre de paralisia cerebral. Separada do pai do garoto, a mulher se dedica a cuidar de Daniel, no bairro Siderúrgica, em Sabará, região metropolitana de Belo Horizonte. Em 2019, o BHAZ já tinha mostrado a luta diária de Patrícia para manter os cuidados do filho.

Patrícia precisa arcar com todos os gastos somente com o valor de um salário mínimo. Ela não consegue trabalhar fora, por ter que se dedicar ao filho em tempo integral. Hoje, além da limitada pensão que recebe do INSS, ela pede doações para pagar as contas. “Ele é dependente de ventilação mecânica dia e noite. Os gastos com ele giram em torno de R$ 2.500 por mês”, relata.

Além dos aparelhos que ficam ligados todo o tempo, o jovem também se alimenta por sonda e precisa de um leite especial para isso. Além disso, Patrícia precisa pagar o plano de saúde de Daniel, além de outras necessidades, como fraldas especiais. “Às vezes eu deixo de pagar um aluguel, para comprar coisas para ele. É muito difícil, é muito complicado viver o que eu estou vivendo”, desabafa.

Erro médico


Patrícia afirma que o motivo para o estado de saúde atual de Daniel foi um erro médico durante o parto. “Deixaram ele passar da hora de nascer, aí faltou oxigenação. Ele foi entubado e levado para o CTI logo depois”, relembra. O que aconteceu com Daniel é chamado de sofrimento fetal com asfixia perinatal grave, segundo a mãe.

Assim que o recém-nascido foi levado para casa, as complicações começaram a aparecer. “Quando fomos embora para casa começou a aparecer refluxo, convulsão. Antes alimentava pela boca e depois teve que colocar uma sonda, porque ele estava tento pneumonia por aspiração. Aí foi agravando a parte respiratória, em 2013 ele colocou a traqueostomia. Em 2016, ele colocou a ventilação mecânica”, relata.

Ao falar sobre o futuro de Daniel, a mãe do garoto se emociona. “Infelizmente o caso dele é irreversível, é triste uma mãe falar isso. Infelizmente não tem cura, é só Deus mesmo”, resume.

‘Contando com a ajuda das pessoas’


Para conseguir arcar com os custos do tratamento do filho, Patrícia iniciou uma campanha solidária por meio do Facebook (veja aqui). Lá ela compartilha atualizações de Daniel e pede doações. No entanto, ao BHAZ, ela admite que o auxílio não tem sido suficiente. “Eu estou contando com a ajuda das pessoas, porque não tem aparecido muito ajuda”, lamenta.

BHAZ


Nenhum comentário:

Postar um comentário