sábado, 24 de outubro de 2020

Itapuranga: Prefeitura deve indenizar paciente liberado de hospital com larva no ouvido

 Para juiz, houve negligência médica, o homem sentia fortes dores e foi mandado para casa sem tratamento. A prefeitura deve indenizar em R$ 10 mil




A Prefeitura de Itapuranga, deve indenizar o paciente que procurou atendimento no hospital municipal sentindo fortes dores e foi mandado de volta para casa ainda com larvas no ouvido.

Segundo ele, o médico “sequer tocou a mão” e não realizou os devidos exames. Para o juiz, houve negligência médica. Cabe recurso.

Danos


A sentença da Ação de Reparação de Danos Morais foi proferida pelo juiz Denis Lima Bonfim, da comarca local, que, além dos R$ 10 mil de indenização, também ordenou o pagamento de R$ 180 por danos materiais dos gastos com a limpeza e desinfecção da área afetada em um hospital particular.

O morador relatou no processo que não dormia devido às dores e que procurou uma farmácia na manhã seguinte, quando foi orientado pelos atendentes a ir ao médico.

No entanto, ele insistiu para que fosse atendido na farmácia, foi quando alguns funcionários, pegaram a lanterna tentando iluminar o ouvido e viram que estava infestado de larvas.

Após isso, o homem precisou procurar ajuda em um hospital particular, onde foi feito o procedimento de limpeza e desinfecção. Retirou do ouvido uma espécie de “mosca morta em estado de decomposição”.

Juiz

Conforme o juiz, é “incontestável” que houve erro na conduta do médico ao diagnosticar o paciente com otalgia – que é uma dor de ouvido, sem realizar nenhum exame físico.

“As larvas encontradas pelos atendentes de uma farmácia, sem qualquer aparelho próprio ou instrução específica na área da medicina e, posteriormente, retiradas pelo médico responsável pelo segundo atendimento, possuem um tamanho significante que, apesar de sua rápida evolução, poderiam ser constatadas em doze horas antes”, observou o juiz.

O juiz considerou ainda “mais reprovável” a conduta do médico que não pediu nenhum exame, ainda liberou o paciente sem pedir que ele retornasse ao médico, mesmo tendo se queixado de fortes dores há 15 dias.


DM.COM.BR


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