Wagner Coelho permanece em liberdade, é prefeito de Uruçuí, candidato à reeleição
Segundo a denunciante, Aline Rodrigues, residente no bairro São Francisco, em Uruçuí, ela deu entrada no hospital no dia 9 de abril de 2014, às 15:30h para realizar o parto. As 19h se deu o rompimento da bolsa, uma hora depois o médico plantonista de então, Francisco Wagner Pires Coelho, começou os procedimentos. O médico teria aplicado uma injeção de força para realizar o parto, mas teria dito: “ainda dá tempo fazer uma cesariana” e saiu da sala deixando a mulher acompanhada apenas pela enfermeira Guine Lima. A paciente entrou em trabalho de parto e por três vezes a enfermeira teria chamado o médico e ele não retornou. A enfermeira foi obrigada a realizar o parto sozinha. O bebê, ao nascer, teve complicações e precisou de cuidados médicos. A enfermeira Guine tentou por várias vezes reanimar a criança mas não conseguiu. O médico plantonista, Wagner Coelho, segundo a denúncia, só. chegou muito tempo depois, com os nervos à flor da pele e teria falado alterado com a enfermeira. Em seguida levou a criança para o balão de oxigênio, mas a mesma não resistiu e faleceu. A paciente disse que teve uma gestação normal, que fez todo o pré-natal e nenhum problema prévio foi detectado.
A denunciante acusa o médico Wagner Coelho de não ter dado uma assistência adequada no momento em que necessitou de seu trabalho profissional, Diante disso, ela registrou um boletim de ocorrência e há mais de cinco anos luta por justiça.
O médico Wagner Coelho foi autuado por erro médico e homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
Outro inquérito policial, de nº 0179, foi instaurado em outubro de 2015, presidido pelo delegado regional de policia civil, Jarbas Lopes de Araújo Lima. A abertura foi pedida pelo Ministério Público, através do Promotor de Justiça Substituto da 1ª Promotoria de Uruçuí, Dr. Gerson Gomes Pereira. De acordo com a denúncia, a paciente Rosimeire Feitosa de Sousa, de 39 anos, iria ser submetida a uma cirurgia no Hospital Regional Dirceu Arcoverde, em Uruçuí, e veio a falecer logo após ser anestesiada. O médico Wagner Coêlho era o responsável pela cirurgia.
Até agora os familiares da paciente lutam por justiça, indignados com o ocorrido, mas também, igual a mãe que viu seu bebê morrer por pura negligência, não obtiveram nenhum resultado.
Wagner Coelho, que também é acusado de diversos outros crimes, permanece em liberdade, é prefeito de Uruçuí, candidato à reeleição e, pelo visto, aposta na impunidade. Está entre milhões de acusados que terminam sendo beneficiados pela prescrição dos seus crimes. Por essas e outras, as pessoas mais humildes desse Brasil, vítimas dessas atrocidades, ficam convencidas que crimes cometidos por pessoas poderosas, compensa.
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