Fachada CisamFoto: Arthur Mota |
Uma bactéria provocou a suspensão dos internamentos no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) da Universidade de Pernambuco (UPE). A interdição se tornou pública nesta sexta-feira (15), mas o local foi fechado desde a quarta (13), quando um bebê morreu.
A bactéria, que se suspeita ser do gênero estreptococos pela gravidade, contaminou e matou na última quarta-feira (13) um bebê prematuro que estava internado no local havia 28 dias. Desde a confirmação da morte pela bactéria, a seção precisou ser fechada por 72h para desinfecção. O prazo para liberar a ala expira às 14h do sábado (16).
No momento do alerta sobre a superbactéria, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e a Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) do hospital estavam superlotadas, de acordo com Olímpio de Moraes Filho, obstetra e gestor executivo do Cisam.
A transferência de pacientes para outras alas só começou a ser feita nesta sexta, após o esvaziamento de uma enfermaria, a fim de dar espaço para as pacientes da UTI e do UCI. Todas as três alas, incluindo a enfermaria, devem passar por desinfecção.
“Vamos ver se conseguimos devolver a maternidade em 72h, mas é possível que não consiga”, afirmou o gestor, que também afirmou que todo o possível está sendo feito, e as medidas emergenciais, para controlar a situação. Ainda segundo Olímpio, todos os outros atendimentos estão acontecendo normalmente, mas internações são feitas apenas em casos extremos.
A maternidade do Cisam é uma das mais procuradas por mulheres que precisam de uma unidade especializada para casos de médio e alto risco. Devido a isso, a demanda de mães que vem de outros municípios é grande, pois as maternidades locais não possuem preparo para esses tipos de situações. A copeira Williany dos Santos Aquino, 23 anos, veio de Arcoverde, no Agreste, para dar a luz a filha que nasceu no dia 27 de agosto, prematura de seis meses, e disse que não teve opção já que a maternidade na cidade de origem não tinha condições de lidar com seu caso. Ela demorou 5h para chegar ao Cisam e quando chegou descobriu o hospital cheio. " Tinha muita gente, lotação, mas o atendimento eu não tenho o que reclamar não. Os medicos fazem o que podem, são bem prestativos", contou Williany.
A bebê tem previsão de receber alta por volta de novembro, enquanto isso Williany tem que permanecer longe do marido e da outra filha, de cinco anos, que estão em Arcoverde. " Sinto tristeza, tive que sair da minha cidade, vir para o Recife, para salvar a vida de minha filha. Lá na casa das mães tem umas dez na mesma situação que eu tô. Tem mães de Passira, tem de Santa Cruz...", completou.
Em nota, o Cisam reforçou que a desinfecção será concluída dentro do prazo de 72 horas e que foram coletadas amostras para a identificação da bactéria, e elas serão analisadas pelo laboratório de microbiologia da Universidade de Pernambuco (UPE). "Os resultados serão entregues entre 5 a 8 dias. A previsão, portanto, dos resultados será na terça ou quarta-feira", conclui a nota.
Cenário repetidoNo momento do alerta sobre a superbactéria, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e a Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) do hospital estavam superlotadas, de acordo com Olímpio de Moraes Filho, obstetra e gestor executivo do Cisam.
A transferência de pacientes para outras alas só começou a ser feita nesta sexta, após o esvaziamento de uma enfermaria, a fim de dar espaço para as pacientes da UTI e do UCI. Todas as três alas, incluindo a enfermaria, devem passar por desinfecção.
“Vamos ver se conseguimos devolver a maternidade em 72h, mas é possível que não consiga”, afirmou o gestor, que também afirmou que todo o possível está sendo feito, e as medidas emergenciais, para controlar a situação. Ainda segundo Olímpio, todos os outros atendimentos estão acontecendo normalmente, mas internações são feitas apenas em casos extremos.
A maternidade do Cisam é uma das mais procuradas por mulheres que precisam de uma unidade especializada para casos de médio e alto risco. Devido a isso, a demanda de mães que vem de outros municípios é grande, pois as maternidades locais não possuem preparo para esses tipos de situações. A copeira Williany dos Santos Aquino, 23 anos, veio de Arcoverde, no Agreste, para dar a luz a filha que nasceu no dia 27 de agosto, prematura de seis meses, e disse que não teve opção já que a maternidade na cidade de origem não tinha condições de lidar com seu caso. Ela demorou 5h para chegar ao Cisam e quando chegou descobriu o hospital cheio. " Tinha muita gente, lotação, mas o atendimento eu não tenho o que reclamar não. Os medicos fazem o que podem, são bem prestativos", contou Williany.
A bebê tem previsão de receber alta por volta de novembro, enquanto isso Williany tem que permanecer longe do marido e da outra filha, de cinco anos, que estão em Arcoverde. " Sinto tristeza, tive que sair da minha cidade, vir para o Recife, para salvar a vida de minha filha. Lá na casa das mães tem umas dez na mesma situação que eu tô. Tem mães de Passira, tem de Santa Cruz...", completou.
Em nota, o Cisam reforçou que a desinfecção será concluída dentro do prazo de 72 horas e que foram coletadas amostras para a identificação da bactéria, e elas serão analisadas pelo laboratório de microbiologia da Universidade de Pernambuco (UPE). "Os resultados serão entregues entre 5 a 8 dias. A previsão, portanto, dos resultados será na terça ou quarta-feira", conclui a nota.
Em junho deste ano, um surto infeccioso suspendeu procedimentos cirúrgicos do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE), que é considerado a maior maternidade de Pernambuco em número de atendimentos.
Na ocasião, foram notificados 18 casos de infecção hospitalar desde abril, quando a média era de duas por mês. O espaço precisou passar por higienização e fechou por quatro dias. Uma sala foi montada provisoriamente no térreo da maternidade para os partos e cirurgias de urgência.
Um dos principais problemas, de acordo com Olímpio de Moraes Filho, é a lotação. Em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (15), afirmou que “quando tem superlotação e nenhum leito vazio, a gente não consegue ter tempo pra fazer um desinfecção rotineira e própria. Os protocolos se quebram quando tem grande volume”. A média de atendimento do hospital é de 280 cirurgias por mês, entre obstétricas e ginecológicas. “Trabalhamos com mais de 100% sempre. O hospital está sempre lotado”, confessa o gestor.
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