sábado, 30 de setembro de 2017

Taxista denuncia omissão do Samu em Coruripe

Serviço alega que não negou atendimento e que instruiu familiar de paciente sobre como proceder diante da crise epiléptica
 
Taxista alega que não conseguiu atendimento para a irmã em Coruripe
FOTO: HEliana Gonçalves
 
O taxista Tarcísio Ramos Azevedo denunciou à Gazetaweb, na tarde desta quinta-feira (28), que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teria se negado a prestar socorro a sua irmã, no município de Coruripe, litoral Sul do estado. Ele conta ter ligado para o 192 em busca de ajuda para a paciente com mais de 130 kg, a fim de que a mesma, inconsciente, fosse levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ele alega que, apesar de ter corrido risco de vida, a base do Samu não disponibilizou nenhuma equipe após o chamado. A assessoria do Samu, por sua vez, nega qualquer conduta negligente.
 
"Minha irmã ficou inconsciente por cerca de 1 hora", denuncia o taxista, assegurando que houve omissão. Segundo ele, antes de chegar em casa, sua vizinha já havia entrado em contato com o Samu, pedindo que uma unidade móvel fosse enviada para o transporte da paciente. Contudo, mesmo descrevendo o sofrimento da paciente, o socorro não chegou. 
 
A reportagem teve acesso à gravação do telefonema entre o irmão e a atendente do Samu. Na ocasião, ela justifica que o não envio da viatura seria fruto de recomendação do médico plantonista. 
 
"Eu estou denunciando esta omissão de socorro para que casos como este não voltem a acontecer. Não é possível que uma pessoa inconsciente não receba a devida assistência. Eles pediram que eu a levasse no meu carro, mas não tenho técnica para isso. Essa situação colocou em risco a vida da minha irmã. Isso jamais pode voltar a acontecer", afirmou o taxista. 
 
Ainda segundo o denunciante, após a segunda negativa, familiares ligaram para o Corpo de Bombeiros, quando militares instruíram os familiares sobre como retirar a paciente do local em que estava, encaminhando-a para a UPA. "Depois de tudo isso é que consegui uma ambulância da prefeitura e, com a ajuda dos bombeiros, que nos auxiliou por telefone, consegui levar minha irmão para a unidade de saúde", reforçou o taxista. 
 
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Samu garantiu que o médico plantonista instruiu os familiares da paciente sobre como conduzir o quadro de crise epiléptica. Segundo a assessoria, 95% dos casos registrados duram até três minutos, não necessitando da ajuda de profissionais do serviço.
 
A assessoria assegurou ainda que as equipes do Samu estão orientadas a ofertar o socorro ao paciente somente quando as crises forem sucessivas, levando-o ao pronto socorro mais próximo.   
 

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