segunda-feira, 5 de março de 2018

Artesã volta-redondense acredita em negligência e erro médico na morte da neta

(Foto: Franciele Bueno/Arquivo)
A artesã Nilza Andreia Duarte, de 39 anos, registrou queixa na 93ª Delegacia de Polícia (DP) por suspeitar que a morte da neta dela, recém- nascida, ocorreu por negligência e erro médico no Hospital São João Batista (HSJB). Ela contou na unidade policial que, a filha dela, de 17 anos, passou três dias na unidade hospitalar com feto vivo e que a morte do bebê ocorreu no dia 25 do mês passado.

A mulher contou que no dia 23 de fevereiro levou a filha dela ao hospital com fortes dores onde permaneceu em observação por três dias. Ainda conforme declarações da mulher, durante esse período na unidade hospitalar, o bebê foi submetido a exames de eletrocardiograma e ultrassonografia. O eletro, segundo a artesã, apontou que os batimentos da criança estavam oscilando. Por isso, segundo foi registrado pela artesã, a médica que cuidou da filha dela e deixava o plantão, na manhã do dia 24, aconselhou que fosse feita uma cesariana. Só que, ainda conforme foi registrado, a profissional que assumiu o plantão preferiu esperar para a realização de parto normal, já que a mãe estava tendo dilatação.

A partir das 19h30min, do dia 24, foi iniciado um monitoramento dos batimentos cardíacos do bebê, sendo que o último ocorreu às 5h40min do dia 25. O curioso, segundo declarou a mulher na DP, foi que o batimento que era de 128 e havia sido rabiscado do prontuário foi substituído pela palavra inaudível. Com isso, como já havia solicitado a médica do plantão anterior, foi recomendado necessidade de uma cesariana urgente. O que levou mãe e avó a suspeitar de negligência e erro médico foi o fato de às 6h15min ter sido registrado no prontuário, logo depois que o bebê nasceu, estado grave. Já em outra parte do prontuário foi descrito que a criança já nasceu morta. Por isso, ambas acreditam em negligência.
O diretor Médico do Hospital São João Batista, José Geraldo de Castro Barros, informou ao A VOZ DA CIDADE que foi aberta uma sindicância interna para apurar o caso, que estará concluída em 15 dias úteis.

OUTRO CASO

Não é a primeira vez que uma gestante entra no HSJB para ter um bebê e acaba saindo sem ele ou até morrendo junto com a criança. Um dos casos que teve grande repercussão foi o da comerciante Bárbara Magalhães de Malafaia, de 37 anos. O drama da família começou na madrugada do dia 15 de novembro, de 2015, quando a gestante de sete meses faleceu na unidade, logo depois da criança. Familiares de Bárbara, até hoje, acusam a médica que a atendeu por erro médico.

O caso, que foi também foi registrado na 93ª DP ainda mexe com a família. Vários depoimentos foram prestados na delegacia, entre parentes, médicos e acompanhantes de outros pacientes.

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