Um recém-nascido morreu na tarde de quarta-feira, 7, na Maternidade Municipal Gilêno de Sá, na cidade de Luís Eduardo Magalhães. Para a família, a demora em realizar o parto pode ter provocado a morte do bebê, Antonny Levi.
A mãe da criança, F.O.A, 16 anos, deu entrada na maternidade, por volta das 06h30, do último sábado, 3, acompanhada de um tia de prenome Cristiane.
Segundo Cristiane, que esteve acompanhando sua sobrinha durante toda a gestação, a criança já estava com 38 semanas. Ao sentir as primeiras contrações, a parturiente foi encaminhada imediatamente para a unidade de saúde.
O pai do recém-nascido, Antonielson dos Santos Silva, disse ao Blog do Sigi Vilares que sua esposa ficou cinco dias sendo medicada na maternidade, para que pudesse ter um parto normal.
¨Minha esposa não teve dilatação, sofreu muito e só na quarta-feira quando uma nova equipe médica assumiu o plantão, foi que o médico disse: Meu Deus essa menina não tem condições de ter um parto normal, foi ai que o parto foi realizado¨, contou Antonielson.
Segundo Cristiane, tia da criança, o parto se iniciou as 10h30 e terminou as 12h. Após o procedimento, uma enfermeira levou a criança para receber os primeiros cuidados médicos e ser limpa, prometendo voltar como bebê logo em seguida, mas isso não acorreu.
O tempo foi passando e os familiares ficaram angustiados, funcionários da unidade de saúde conversaram com a família e informaram que estava tudo bem com a criança. Duas horas se passaram, até uma funcionária informou a família, que a criança, teria sofrido complicações, vindo a óbito.
Segundo o delegado da polícia civil, Leonardo Almeida, a direção da maternidade ligou para o mesmo relatando o ocorrido. A diretora da unidade afirmou que o bebê morreu por ter o coração maior que o normal para sua idade, o que teria o levado a complicações cardiorrespiratórias e que uma radiografia já havia sido feito para confirmar.
A família afirmou, no entanto, que desejava que corpo do bebê fosse enviado para realizar o exame de necropsia no IML de Barreiras. Diante das explicações dadas pela direção, o delegado entendeu que se tratava de uma morte natural e disse não ter necessidade de necropsia.
Diante da decisão policial, a Maternidade emitiu o atestado de óbito e liberou o corpo para velório e sepultamento.
Na manhã de ontem, quinta-feira, 8, a equipe de reportagem da Rádio Cultura FM foi procurada por familiares da criança falecida e o repórter Oliveira Xavier foi até a casa da família onde o corpo estava sendo velado.
Ao entrevistar os familiares, a equipe da rádio percebeu que as informações geraram desconfiança sobre o caso. O repórter Oliveira entrou em contato com o colega de imprensa, Naldo Vilares, que prontamente se prontificou a ajudar a desvendar o caso, solicitando ao delegado Leonardo Almeida, que ouvisse a família antes de ser realizado o sepultamento, para possíveis providências.
Após ouvir membros da família da criança, na delegacia de polícia, o Delegado orientou que fosse registrado o boletim de ocorrência e o corpo encaminhado para o Instinto Médico Legal de Barreiras, uma vez que se tratava realmente de uma morte duvidosa.
A família, agora aguarda com ansiedade, o laudo técnico da polícia, para saber se a criança foi vítima ou não de uma negligencia medica.
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