Secretaria de Saúde alega que o paciente recebeu atendimento adequado e lamenta óbito.
Um paciente morreu, na manhã desta sexta-feira (09), após ficar três dias internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Cabo Frio. Os familiares da vítima alegam negligência médica e de atendimento como causa do óbito. Ele deu entrada na unidade de saúde com quadro de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e não foi encaminhado para receber tratamento instensivo. A família exige que seja feita uma autopsia para comprovar a causa da morte, eles tentaram fazer um boletim de ocorrência na 126°DP, porém, o delegado de plantão negou-se a registrar como morte suspeita.
O vigia noturno Altamiro Rosa, de 69 anos foi internado no UPA, de Cabo Frio, por volta 22h30, da quarta-feira (07), segundo informações da filha Mariana Rosa, com quadro de AVC. Na ocasião ele foi atendido na sala de medicação onde permaneceu durante toda a estadia no hospital. Ainda de acordo com a filha do vigia no primeiro atendimento foi aferido apenas a pressão do paciente e não foi solicitado o exame de glicemia, tampouco foi induzida medicação. “Dez horas depois da entrada do meu pai na unidade é que saiu a constatação que ele estava com AVC isquêmico. Ele precisa ser entubado e levado para a “Sala Vermelha” para tratamento intensivo, porém nada foi feito”- revelou.
O paciente foi visitado por um neuro cirurgião às 17h de quinta-feira (08) de acordo com Mariana Rosa, o médico deu o diagnóstico de que o pai dela precisaria apenas de medicação e internação para o quadro se estabilizar e, após a alta medica faria apenas acompanhamento de fonoaudiólogo. “Depois da visita do médico precisei ir em casa para pegar roupa do meu pai, nesse intervalo, a minha mãe uma cadeirante foi me cobrir. Meu pai caiu da maca e bateu a cabeça na cadeira e nenhum exame foi solicitado.”- indignou-se.
Para confirmar a denúncia de negligencia médica a filha do vigia relatou a reportagem do RC24h que procurou a direção do hospital para fazer a transferência do vigia para uma unidade de tratamento intensivo, porém, de acordo com Mariana o médico foi jantar e se ausentou do hospital sem que outro médico o substituísse. Altamir Rosa veio a óbito as 5h26 da manhã desta sexta-feira, no momento, em que uma enfermeira foi realizar o exame de glicemia, que segunda a filha, deveria ser feito na entrada do idoso na unidade de saúde. Os médicos tentaram reanima-lo por 26 minutos sem sucesso. A filha requer a autopsia para comprovar a denúncia de descaso.
NOTA DA DIREÇÃO MÉDICA DA UPA DO PARQUE BURLE
"A direção médica da UPA do Parque Burle informa que o senhor Altamiro Rosa foi internado na unidade vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). O paciente foi avaliado pelo chefe da neurocirurgia, e o estado do paciente foi diagnosticado como muito grave. Foi feito todo o acompanhamento necessário pelos clínicos: o paciente foi submetido a uma tomografia computadorizada e exames laboratoriais, como a situação exigia.
Infelizmente, o quadro se tornou irreversível e, apesar dos esforços de toda a equipe, o senhor Altamiro veio a óbito. A diretoria da UPA do Parque Burle esclarece que em nenhum momento houve falta de atendimento ao senhor Altamiro Rosa, que todos os procedimentos foram documentados e que esta documentação será encaminhada à família.
Em relação à solicitação da autópsia por parte da família, a direção da UPA esclarece, ainda, que por ter sido dado um diagnóstico da causa da morte, o protocolo nestes casos é que deve ser feita a declaração de óbito
A equipe da UPA do Parque Burle compreende e se solidariza com a família neste momento de dor pela perda de seu ente querido"
RC24h
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