O major cardiologista João Alexandre Assad foi preso por agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança e do Ministério Público na Região Serrana do Rio.
Major da Polícia Militar é preso por ter recebido propina |
Um oficial da PM foi preso em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, por receber propinas de empresários durante negociação de contratos para licitação de compra de insumos para o hospital da Polícia Militar.
O major cardiologista João Alexandre Assad recebeu R$ 554 mil para fornecer 500 stents nos últimos 5 anos, segundo o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.
Como mostrou o RJTV neste sábado (24), o major aparece em imagens conversando com empresários para receber a última parcela de R$ 40 mil, de um total de R$ 120 mil, que ainda tinha a receber de contratos de 2014, referentes ao recebimento de 297 stents. No vídeo, depois de receber a quantia em dinheiro vivo, ele se preocupa se a quantia está correta, sem saber se estava sendo filmado.
De acordo com o Ministério Público, que pediu a prisão de Macedo por corrupção passiva, ele já havia recebido anteriormente R$ 2 mil por cada stent contratado, totalizando R$ 434 mil. Em troca, Assad ofereceu assinar um laudo atestando que o produto da empresa Vide Bula era superior aos concorrentes, o que possivelmente direcionaria futuras licitações.
Em 2014, segundo o MP, a empresa foi novamente contratada para fornecimento de stents para o HCPM, desta vez por intermédio de uma adesão a uma ata de registro de preços, para o fornecimento de 297 stents farmacológicos por R$ 2,1 milhões. Nesse contrato, o major de fato assinou um parecer favorável à compra, alegando que o produto era superior aos demais disponíveis no mercado. Novamente, Assad cobrou R$ 2 mil de propina por cada stent fornecido.
Entre 2015 e 2018, 17 PMs foram presos por desvios do Fundo de Saúde da Polícia Militar (Fuspom), no que ficou conhecido como Operação Carcinoma. Segundo as investigações, um grupo de policiais fraudou contratos com a empresa fornecedora de medicamentos e roupas hospitalares em um esquema que movimentou R$ 4,5 milhões.
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