A diarista Raquel Rodrigues, 38, denuncia que sua neta teve a clavícula quebrada durante parto normal, ocorrido na terça-feira (5), no Hospital Santa Helena, em Cuiabá. Em entrevista ao , a avó conta que a neta nasceu por volta das 22h, mas a filha só pode ver a bebê por volta de 1 hora da manhã. Foi quando receberam a notícia que um problema havia acontecido durante o parto.
"Disseram que a clavícula dela tinha quebrado no parto e que o hospital ia dar suporte. Aí ficamos esperando o ortopedista na quarta-feira o dia todo e ele apareceu ontem, quinta. Quando fui buscar ela ontem, deram encaminhamento para ela ir no postinho. O ortopedista falou só para tomar cuidado quando pegar ela no colo. Falou que ia colar no primeiro mês e criar caroço. Foi só o que falaram", lembra.
A filha de Raquel, Camily Rodrigues Duarte, tem 16 anos. Segundo a avó, Camily chegou a 8 centímetros de dilatação às 17h e no momento do parto, às 22h, estavam só as duas na enfermaria. "Eu gritei as médicas e enfermeiras e elas vieram de lá para cá. No primeiro momento chegou só uma médica. E aí começou gritar outras pessoas, chegou mais outra médica, mais enfermeira e tumultuaram em cima dela. E a criança nasceu. Não chorou e correram com a criança para uma sala. Depois de mais de 5 minutos me chamaram para ver ela e ficaram enrolando para levar ela para o quarto falar comigo e, assim, já bem de madrugada. Ela ganhou 10 e pouco, de madrugada vieram falar comigo que o parto tinha sido difícil: 'A senhora viu, foi um parto muito difícil e aconteceu um probleminha, a clavícula da bebê quebrou no momento do parto'", relata.
Raquel conta que não percebeu nada de anormal durante o parto ou quando levaram a neta para outra sala. Ao ser comunicada pelos médicos do ocorrido, foi informada também que a bebê receberia suporte do hospital nas questões relativas à recuperação da lesão. O ortopedista que faria a primeira consulta na recém-nascida na quarta-feira (6), porém, só apareceu na quinta (7).
"E quando fui para buscar ela, eles me deram um encaminhamento para levar [a bebê] no postinho lá do meu bairro. No primeiro momento disseram para mim que o hospital ia marcar retorno para ela voltar e ia ter acompanhamento lá. Depois me deram um encaminhamento para ir no postinho?", questiona indignada.
Sobre a consulta com o ortopedista, a avó relata que a orientação foi que tomassem cuidado ao pegar a bebê no colo, que durante o primeiro mês de vida a clavícula irá se colar sozinha e no local se formará um caroço, que deve sumir daqui um ano. "Mas, foi só o que falaram para a gente e que era para ir no postinho. Não passaram nada nela, não colocaram nada. Só falou para a gente ter cuidado na hora de pegar ela". A bebê nasceu com 39 semanas e 5 dias. Já em casa, a avó conta que a neta só chora quando alguém a pega no colo.
Outro lado
Por meio de assessoria, a gerência administrativa do hospital informou que não é protocolo do hospital encaminhar esse tipo de caso para posto de saúde e pede, inclusive, que a mãe da criança procure a unidade. O Santa Helena garante que dará todo o suporte à recém nascida até a calcificação da fratura.
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