Os casos de Covid-19 na Capital Paraense aumentam a cada segundo, por conta disso, as Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) da rede municipal acabam não conseguindo atender todas as demandas. Com isso, muitas famílias que precisam de leitos para internar parentes que integram o grupo de risco ficam desoladas sem saber pra onde recorrer.
Nesse final de semana foi a vez da família de Dona Gracinda, de 105, pedir ajuda por meio das redes sociais. A idosa está no Hospital Regional Dr. Abelardo Santos, em Belém, desde o último sábado, 2, mas ainda não conseguiu um leito, mesmo com a idade avançada e ser deficiente visual.
Segundo os familiares, ela apresentou os sintomas da gripe, como tosse seca há quatro dias e, na manhã do último sábado, 2, a senhora deu entrada no Hospital Abelardo Santos, onde foi medicada e voltou pra casa. No entanto, na noite de sábado o quadro dela foi agravado, tendo que retornar a unidade hospitalar.
O que mais chama atenção no caso, é que a idosa passou duas vezes pela unidade, porém, ainda não teria sido realizado a ficha de admissão, que é o primeiro procedimento que precisa ser feito quando o paciente da entrada em um Hospital. Sem o prontuário, é impossível a equipe médica, saber quais medicamentos foram administrados por ela, quais e exames realizados e se seu quadro obteve uma melhora.
Segundo a neta da idosa, Larissa Nassar, ela ficou na sala de observação sem indicação de internação e passando mal, a saturação de oxigenação estava a baixo de 60, ela é cadeirante e deficiente visual, mesmo assim ninguém conseguiu uma maca, ou seja, ela não dormiu desde ontem. A aposentada ficou com falta de ar o tempo todo.
Ainda segundo o relato de Larissa, horas depois a idosa foi removida do local e colocada em uma maca gelada. "Ela estava na sala de observação com oxigênio, mas a saturação dela baixou muito e foi encaminhada para a sala vermelha, mas como estava lotada deixaram ela no corredor. Mas, conseguimos colocá-la na sala vermelha, porém, tiraram ela da maca com coxão e colocaram em uma maca gelada sem colchão. Não sabemos se a saturação dela melhorou, ficamos sem informação"
Gracinda, é moradora de Icoaraci. Nas redes sociais, a família relata o que está passando e pede que a postagem chegue até o governador do Pará, Helder Barbalho.
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