“Ela chegou bem viva e saiu de lá dentro de um caixão. Minha mãe morreu por negligência médica”, diz filha
Maria Dalva de Souza Silveira, de 65 anos, esperou nove dias para iniciar o tratamento de um câncer no estômago. No entanto, de acordo com familiares da vítima, a espera e a negligência médica fizeram com que a idosa viesse a óbito.
A paciente seria transferida para uma unidade adequada, a fim de realizar o tratamento, mas faleceu enquanto aguardava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Quietude, em Praia Grande-SP. A filha da idosa, Karina de Campos, relatou que a mãe recebeu o diagnóstico do câncer em dezembro de 2019. Na época, ela tentou transferência para uma outra unidade, no entanto, devido a pandemia, as consultas foram canceladas. Com isso, Maria Dalva se mudou da capital para morar com a filha, em Praia Grande.
A idosa buscava por um oncologista desde fevereiro e no último dia 16 ela deu entrada na UPA Quietude, devido a um agravamento do quadro. A equipe médica colocou Maria em observação. Enquanto isso, a família havia conseguido uma consulta com um oncologista na Santa Casa de Santos, para onde ela seria transferida. No entanto, devido ao estado clínico grave da paciente, os profissionais se negaram a realizar a transferência.
“Eu implorei por uma vaga. Eles apenas olhavam para nossa cara e falavam que era para esperar o último suspiro. Não fizeram nada para salvar minha mãe. Ela morreu a míngua dentro da UPA esperando uma vaga. Ela chegou bem viva e saiu de lá dentro de um caixão. Minha mãe morreu por negligência médica”, relatou Karina ao Portal G1.
A filha de Maria Dalva informou que a mãe sofreu uma infecção generaliza. A idosa teve o quadro clínico agravado e veio a óbito na manhã da última segunda-feira (25).
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