Moradora do Projeto Fulgêncio denuncia negligência após morte de sua filha recém-nascida no HDM/IMIP
Rosilene Maria da Silva, moradora do Projeto Fulgêncio, Agrovila 2, em Santa Maria da Boa Vista, denuncia o que ela chama de negligência médica, ocorrido no mês de abril no Hospital Dom Malan/IMIP na cidade de Petrolina. Na ocasião Rosilene estava internada para dar a luz a uma menina. A mãe alega que a morte da recém-nascida é consequência da demora para realizar o parto.
Rosilene relata que ao chegar ao hospital foi comprovado que a bolsa tinha estourado, e disse que foi colocada para tomar soro, sendo que durante toda a noite sentiu fortes dores. “Chegando lá, fiz os procedimentos e foi comprovado que a bolsa tinha estourado. Então me colocaram para tomar soro e depois disso, as dores aumentaram. Passei a noite inteira sentindo dores e quando foi de manhã, pedi ajuda a eles. Eles diziam que não podiam fazer nada, que era normal, só de manhã quando a médica fez o exame e percebeu que a menina tinha dado duas paradas cardíacas e ela pediu para fazer a cesárea com urgência. Às 9h da manhã me deram uma injeção e às 11h outra, só após isso foi que fizeram o parto”, relatou Rosilene.
A mãe ressalta que por conta dessa demora para realizar o parto, a bebê nasceu com complicações. “Na hora que começaram a tirar a menina, o médico me perguntou se tinham dado a vacina para amadurecer os pulmões porque tinham crescido muito e a placenta e a menina estavam roxas. Quando colocaram ela em cima de mim, deu pra perceber que ela estava com falta de ar. Aí correram pra fazer o exame e o fígado dela estava crescendo. Depois tiraram ela com urgência para colocar no oxigênio e depois no berçário”.
“Por volta das 18h, o médico fez uma cirurgia no umbigo dela e saiu muito sangue. E ele falou para não desentubar a menina porque ela poderia morrer. Mas quando foi 23h, a menina desentubou para dar banho. Fizeram ainda transfusão de sangue, mas o sangue da menina era O+ e no hospital não tinha e mesmo assim fizeram e foi aí que ela começou a se tremer jogando as perninhas e os braços. Aí fui me despedir dela.”- completou Rosilene.
Rosilene comenta que a bebê era saudável, e diz que fez todo o acompanhamento necessário e exames do pré-natal, salientando que os exames estavam todos normais. “Fiz todos os exames, a ultrassom deu tudo ok e eu não sei por que minha filha morreu assim. Eu acho que seja alguma negligência médica sim, porque ela estava bem, ela mexia normal, não sei explicar”.
“Queria que eles tratassem as mulheres como gente, como ser humano, não como uns animais que ficam lá jogados, como eu fiquei lá jogada sem ter assistência. Que eles sejam humanos e cuidem melhor das nossas grávidas”, concluiu.
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