segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Família denuncia erro médico após mulher passar por cinco cirurgias e expor fezes

Família denuncia erro médico, após paciente expor fezes pelo local da cirurgia.
Família denuncia erro médico após mulher passar por cinco cirurgias e expor fezes

Josiane Sousa Silva, de 35 anos, entrou na sala de cirurgia do Hospital Dr. João Pedrosa, no município de Capanema, no nordeste paraense, para retirar um mioma, no início de julho. Após passar por cinco cirurgias, ela agora está com um corte na barriga, por onde as fezes estão saindo.

Indignada, a família faz um apelo e denuncia erro médico. Segundo uma prima de Josiane, que pediu para ter a identidade preservada, ela foi internada no Hospital Dr. João Pedrosa. Foi aí que o drama começou. 

"Ela entrou para tirar um mioma. O médico, que também é dono do hospital fez a histerectomia (remoção de parte ou da totalidade do útero, por via abdominal ou vaginal). Ela ficou dois dias internada e depois recebeu alta. Ela foi para casa e a cirurgia começou a inchar. Começaram as febres e a infecção", relembra.

A prima relata ainda, que Josiane voltou para o hospital, onde passou por uma nova cirurgia. "Ele abriu ela de novo. Depois ela não conseguiu fazer xixi. Voltou novamente para o hospital e cada vez que ele abria ela para tentar resolver o problema, ele causava um novo dano", denuncia.

De acordo com a prima, Josiane passou por cinco cirurgias. A última foi realizada no Hospital Santa Maria, em Ananindeua, após ser transferida e ter a intervenção cirúrgica paga pelo próprio médico.

"Foi o Dr. João que pagou a quinta cirurgia dela. Lá retiraram a secreção e um rim que já estava comprometido. Seis dias depois, ela recebeu alta. Eu estava fazendo os curativos dela em casa e quando foi na sexta, começamos a ver que estava saindo fezes da cirurgia", conta. 

A partir daí, a família entrou em desespero. E a saga por um novo leito começou. Josiane conseguiu dar entrada no PSM da 14, em Belém, porém, segundo a prima, todos os médicos se recusam a fazer qualquer cirurgia por falta de laudos anteriores. 

"Eles alegam que não tem como fazer uma nova cirurgia por não termos o laudo do médico anterior, para saber o que já foi feito. O único laudo que temos é o Hospital Santa Maria, que está incompleto. O intestino dela foi perfurado no Hospital Dr. João Pedrosa e lá não nos deram nenhum laudo. Nos exames que nos entregaram lá, consta que está tudo certo com a saúde dela. Como estaria certo? Se não, o próprio médico não teria pago a quinta cirurgia. Descobrimos que ele deletou e cancelou todos os dados dela do sistema, ou seja, não consegue localizar nada que ela fez no hospital. Ela está com a barriga aberta, estamos correndo contra o tempo para tentar salvar a sua vida", lamenta a prima. 

Segundo a família, há outras vítimas do mesmo médico, que inclusive chegaram a morrer. "Nós queremos justiça. Já sabemos que há outras vítimas dele. Vamos unir forças e lutar contra ele", concluiu. 

Nas redes sociais, um outro familiar de Josiane também denunciou o descaso.





Neste domingo (30), o marido da paciente registrou um Boletim de Ocorrência sobre o caso na Seccional de São Brás. 

O DOL entrou em contato com o hospital Dr. João Pedrosa, por telefone, e foi informado de que não há ninguém que possa falar sobre a denúncia. "Não temos ninguém. Só vocês vindo até aqui no hospital mesmo", disse o atendente. 

Já a Secretaria Municipal de Saúde de Belém informou que Josiane deu entrada na madrugada deste domingo (30), por demanda espontânea, no HPSM Mário Pinotti (Umarizal) com uma fístula enterocultânea em decorrência de procedimentos cirúrgicos realizados em outros estabelecimentos de saúde.

"A paciente já foi avaliada pela clínica cirúrgica e será cadastrada para leito em hospital de referência, uma vez que o procedimento necessário não é realizado na urgência e emergência. A paciente está com sinais vitais estáveis, consciente e orientada, sem sinais de infecção. Ainda hoje passará por outros exames e seguirá em acompanhamento no hospital até a transferência para leito especializado"., diz a nota.

O DOL também entrou em contato com o Hospital Santa Maria e aguarda um posicionamento. 

Diário Online


domingo, 30 de agosto de 2020

TJDF Mantém Condenação do Estado por Demora na Realização de Exame que Resultou em Morte de Paciente

 A 3ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, por unanimidade, negou provimento ao recurso n. 0711099-07.2017.8.07.0018, interposto pelo Distrito Federal, e manteve a sentença proferida pela juiz substituto da 5ª Vara da Fazenda Pública e Saúde Pública do DF, que o condenou ao pagamento de R$ 100 mil reais, a titulo de danos morais, por falha consistente na demora de realização de exame de tomografia que resultou na morte da paciente.



Demora na Realização de Tomografia

A autora ajuizou ação narrando que, em agosto de 2017, em razão de apresentar fortes e constantes dores de cabeça, vômitos intermitentes, sonolência e tonturas, sua irmã foi internada no Hospital de Base, sendo submetida a procedimento cirúrgico para troca de uma válvula cardíaca.

Ato contínuo, após quase 10 dias internada, recebeu alta, todavia, continuou apresentando os mesmos sintomas.

Diante disso, submetida a uma segunda cirurgia, a paciente apresentou sequelas como perda da fala, incapacidade de se alimentar e movimentar.

Em que pese a indicação para realizar tomografia da cabeça, o exame somente ocorreu uma semana depois, quando o quadro da paciente se agravou de tal forma, evoluindo para o óbito.

Manutenção da Sentença Condenatória

Por sua vez, o DF apresentou contestação, na qual defendeu que todos os procedimentos e tratamentos médicos possíveis foram adotados.

Outrossim, sustentou que não restou comprovado nenhum tipo de erro médico, assim, não poderia ser responsabilizado.

No entanto, para o magistrado de primeira instância, a situação clínica da irmã da parte autora exigia atendimento rápido, o que não foi possível em razão de falhas primárias.

Neste sentido, sobretudo em razão da falta de equipamentos básicos e de funcionários que realizassem serviços triviais, o réu foi condenado em primeira instância.

Diante da sentença condenatória, o DF interpôs recurso.

Entretanto, os desembargadores mantiveram a sentença em todos os seus termos, ao seguinte argumento:





Médico do CEM é demitido por não comprovar especialização

 O caso já era investigado pela Comissão de Investigação da Câmara de Vereadores de Três Lagoas


O médico cardiologista prestava serviço no Centro de Especialidades Médicas (CEM) e em outros postos de saúde
O médico cardiologista pretava serviço no Centro de Especialidades Médicas (CEM) e em outros postos de saúde


JP News

Mãe pede doações para continuar cuidando da filha

 

Jaqueline sofre de paralisia cerebral infantil e precisa de cuidados especiais


"Eu sempre penso: amanhã é outro dia. Não sou de me desanimar", diz Juliana ao falar da filha 


LAJEADO | Em uma casa simples e acolhedora Juliana Maria Bald (42) cria as duas filhas, Jaqueline Beatriz (20) e Sara Júlia (14), com muito amor e carinho. A mais velha tem paralisia cerebral infantil e necessita de cuidados especiais, por isso a mãe faz de tudo para deixar a filha o mais confortável possível.

Ela conta que antes do nascimento de Jaqueline fez todos os exames e que nada foi diagnosticado. "Foi erro médico", acredita, dizendo que o médico esperou cinco dias a mais para fazer o parto do bebê.

"A gente faz qualquer coisa pelos filhos", diz Juliana. Faz cinco meses que a jovem, além de se alimentar via oral, utiliza sonda. O leite para a alimentação custa R$ 38 e é necessário um litro por dia. "O leite eu consegui pelo estado, mas tem vezes que demora pra vir", comenta.

Ela gasta também R$ 600 com o aluguel da residência em que moram, que às vezes, é pago de maneira atrasada. Juliana também tem gastos com luz, água, gás e alimentação. "Eu deixo de pagar as contas para por comida na mesa", revela.

Segundo a mãe, todas as despesas precisam ser pagas com um salário mínimo. O pai de Jaqueline ajuda com R$ 500 por mês, o que "não dá nem para os remédios", diz. Juliana comenta que não consegue todos os remédios que a filha precisa, pois o governo alega que a menina não tem nenhuma doença que exija o uso do medicamento e por isso é necessário comprar alguns, todos os meses.

Jaqueline tem baixa imunidade, de acordo com a mãe, e com a pandemia coronavírus, é necessário um maior cuidado para que ela não se contamine. "Estamos ficando em casa", explica Juliana e diz que não está saindo com a filha para que não tenha contaminação.

"Precisamos de tudo um pouco", fala quando perguntada sobre o que precisam em forma de doações. O que a família mais precisa é de alimentos, produtos de limpeza e fraldas tamanho XXG infantil.

Para doações

Para quem quiser fazer doações para a família, o contato com Juliana é pelo número (51) 99694-0555. A conta para depósito bancário é:

Caixa Econômica Federal
Agência: 0489
Operação: 013
Conta: 126793-2
CPF: 015.544.450-60

Médico que assediou paciente tem pelo menos 7 denúncias por coação e violência sexual

 

As ocorrências começaram a ser registradas em 2015 por uma paciente do médico ginecologista




São sete as ocorrências que um médico ginecologista acumula contra ele por pacientes que atendeu em seu consultório ou em hospitais em Campo Grande. Os boletins começaram a ser registrados em 2015 e vão desde violação sexual mediante fraude até coação e difamação. O último boletim registrado contra o médico é de agosto de 2020.

A primeira ocorrência contra o ginecologista foi registrada em 2015, por uma paciente que ele atendeu em seu consultório. Era a primeira consulta da vítima que na época tinha 30 anos. Em seu relato, ela contou que o médico após os exames trancou a porta e começou a fazer perguntas como, “você tem costume de trair seu marido?”, e depois passou a fazer questionamentos de como gostava de fazer sexo.

Em resposta, a mulher ainda teria questionado qual seria a relevância das perguntas para a consulta médica. Em seguida, o profissional teria tentado beijar a mulher que saiu abalada do consultório. Ela contou na época, quando foi registrar o boletim de ocorrência, que uma prima havia dito que sua ex-sogra teria passado pela mesma situação com o médico.

As ocorrências foram registradas ao longo de seis anos e vão de violação sexual mediante fraude, coação no curso do processo, difamação, lesão corporal dolosa, assédio sexual a importunação sexual. Sendo as duas últimas ocorrências registradas em janeiro e agosto deste ano.

Coação

A vítima que havia registrado um boletim de ocorrência por violação sexual mediante fraude foi ameaçada pela advogada do médico, que ligou para a mulher assim que ela deixou a delegacia afirmando que estava em frente à sua casa e na companhia de policiais. A advogada ainda disse na época, que o delegado do caso havia afirmado que tinha imagens dela saindo de um  na companhia do médico.

Lesão corporal

O caso foi registrado em 2016 contra o médico por uma paciente, que acabou sofrendo com um erro médico dele tendo de se submeter a uma segunda cirurgia, já que ele havia lesionado a sua bexiga, após um procedimento para a retirada de um mioma.

Os outros boletins de ocorrência foram registrados entre os anos de 2019 e 2020, na  (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

Caso veio à tona

Os casos de assédio que o médico cometeu contra pacientes veio à tona, quando uma paciente registrou um boletim de ocorrência no dia 13 de agosto após uma consulta médica. A vítima contou que começou a ouvir várias frases de cunho sexual por parte do médico durante a consulta. Ele ainda teria sugerido que a paciente precisava manter relações sexuais, porém dito de forma invasiva.

Além disso, chegou a dizer que a vítima “tinha cara” de que gostava de ter relações e beijou a mão dela, sem permissão. Após várias insinuações, a vítima insistiu que tinha dúvidas ainda sobre o problema de saúde, mas o médico falou para ela pegar o WhatsApp dele, para tirar as dúvidas.

Outro caso

Uma jovem de 22 anos, que não registrou boletim de ocorrência contra o médico, contou que ele fez perguntas de cunho sexual a ela, e ainda teria dito que ninguém faria sexo com ela por que era gorda. A jovem disse ter ficado traumatizada com a situação e a partir daquele momento teve de fazer tratamentos para a ansiedade, com medicação. Ela ainda relatou que não procurou mais um médico por se sentir insegura.

Midiamax

sábado, 29 de agosto de 2020

Conselho Regional abre sindicância contra médico acusado de importunação sexual

 Salvador Walter Gomes de Arruda, de 67 anos, é investigado em três inquéritos na Delegacia da Mulher de Campo Grande


Sede do CRM, que vai abrir sindicância contra médico acusado por pacientes e colegas de trabalho de assédio sexual. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Sede do CRM, que vai abrir sindicância contra médico acusado por
pacientes e colegas de trabalho de assédio sexual. 

O CRM (Conselho Regional de Medicina) de Mato Grosso do Sul vai abrir sindicância para apurar denúncia contra o médico Salvador Walter Gomes de Arruda, ginecologista de 67 anos acusado de assédio sexual por duas técnicas de enfermagem e por uma paciente. A sindicância pode resultar em processo ético, cuja punição máxima é a cassação do registro profissional 

Arruda é alvo de três inquéritos em trâmite na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) de Campo Grande, dois por importunação sexual e um por perturbação do sossego.

Das denúncias, duas foram feitas por técnicas de enfermagem com quem o médico trabalhou na Maternidade Cândido Mariano, de onde foi afastado após os fatos. Ambas as mulheres relataram terem sido alvo de assédio durante plantões, um em dezembro de 2019 e outro em janeiro deste ano.

Conforme a cena descrita por elas, houve da parte do ginecologista desde declarações com palavras chuvas a convite para sexo, além de tentativa de contato forçado. O médico, segundo uma das denunciantes, a agarrou por trás e forçou um beijo.

No caso mais recente, paciente foi à 4ª Delegacia de Polícia Civil e contou relato parecido, ocorrido em consultório de clínica no Jardim Monumento. Essa investigação acabou também indo para a Deam.

A informação obtida junto à unidade da Polícia Civil é de que o médico será ouvido por último nos inquéritos. No momento, a fase é de chamar testemunhas para serem ouvidas.

A mesma equipe de investigadores vai cuidar dos três casos.

O que ele diz - Salvador Walter Gomes de Arruda nega as acusações, segundo entrevista concedida ao Campo Grande News quando surgiu o boletim de ocorrência mais recente. Ele chegou a expor prints da conversa com a paciente para provar que se tratou de um atendimento “tranquilo”. 

O médico já foi alvo de processo judicial por assediar paciente, em 2015, e acabou inocentado, em decisão de primeiro grau deste ano. Ainda cabe recurso por parte da acusação. 

Sindicância - Diante do primeiro episódio vindo a público, a reportagem do Campo Grande News consultou o CRM e a informação foi de que não havia procedimento público contra o ginecologista, atuante há 40 anos na cidade.

Isso quer dizer que, se houve alguma investigação, ela ficou na fase sigilosa e não houve medidas como censura aberta à comunidade, uma das possibilidades de punição nos processos éticos contra profissionais da Medicina registrados na autarquia.

Com o surgimento de mais denúncias, envolvendo colegas de trabalho, houve novo pedido de informação ao Conselho. Foi novamente informando não haver processo público.

"Porém, em relação ao caso já chegou a denúncia ao conselho que fará abertura de sindicância para apurar os fatos e julgar conforme determina as normativas da entidade.”, informou o órgão por meio da assessoria de imprensa.

 A sindicância é um passo anterior ao processo ético que, se for aberto, têm os trâmites semelhantes aos de um processo judicial, com acusação, defesa, provas, testemunhas e julgamento.

“Qualquer cidadão tem o direito de procurar o CRM para prestar sua queixa, e imediatamente instaura-se sindicância para averiguar a procedência da reclamação. Na sindicância, sempre julgada de maneira colegiada, jamais individualmente, verifica-se existência ou não de infração ao Código de Ética Médica e decide-se pelo arquivamento ou abertura de Processo Ético Profissional, sempre de maneira fundamentada. Durante a fase de sindicância as peças apresentadas pelas partes envolvidas são apreciadas e pode haver conciliação. Após o processo instaurado, ele só é finalizado com o julgamento ou falecimento do denunciado”, informa publicação do CFM (Conselho Federal de Medicina)”.

Toda a apuração é feita de forma sigilosa. A lei federal 3.268, sobre os conselhos de Medicina, prevê penas aplicáveis, de acordo com a gravidade da infração ética. Podem haver advertência confidencial em aviso reservado, censura confidencial em aviso reservado, censura pública em publicação oficial, suspensão do exercício profissional até 30 dias e, por fim, cassação do exercício profissional.

O Coren (Conselho Regional de Enfermagem) solicitou o relato das técnicas para decidir que providências podem ser adotadas, segundo a informação obtida pela reportagem..

Família acusa médico de operar joelho errado de mulher em Araçatuba

A família de uma comerciante de 54 anos registrou um boletim de ocorrência na polícia de Araçatuba com pedido de investigação para um caso de erro médico: a mãe foi internada para operar o joelho direito e a cirurgia foi feita no joelho esquerdo.




 

Sem anestésico, idoso com suspeita de câncer espera há dois meses por cirurgia

Ademir Zabotto, de 68 anos, sofre com dores na coluna em São Carlos (SP), mas hospital precisa controlar estoque para casos mais graves

Ademir Zabotto, de 68 anos, sofre com dores na coluna e espera por cirurgia.

 Um aposentado de 68 anos, com suspeita de tumor na coluna, aguarda há dois meses para fazer uma cirurgia na Santa Casa de São Carlos (SP), mas a falta de anestésicos impede a realização do procedimento. Hospital criou grupo técnico de médicos para avaliar o estoque e decidir os pacientes que devem ter prioridade para o uso.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que intensificou o monitoramento dos estoques de medicamentos utilizados em suas unidades hospitalares. Disse ainda que o Ministério da Saúde sinalizou que o abastecimento vai ser regularizado e, assim que os medicamentos forem entregues, serão a distribuídos para todo o estado.

EPTV Central entrou em contato com o Ministério da Saúde, mas não obteve retorno.

Dores na coluna

Depois de uma cirurgia no rosto para retirada de um câncer de pele em maio, Ademir Zabotto começou a sentir dores na coluna e precisou ficar 10 dias internado. O médico diagnosticou um possível tumor na região e apontou que a cirurgia precisa ser feita com urgência. "Poderia ser uma metástase do câncer que ele tirou. Ai o médico falou que tinha que abrir para ver se não tinha um tumor", explicou a filha do aposentado, Ana Paula da Silva, em entrevista à EPTV Central.

Ele toma vários remédios pra dor, que já não fazem mais efeito. Sem poder andar, há dois meses ele espera pela cirurgia, mas a falta de anestésico impede o procedimento. "O laboratório mandou mensagem falando que São Carlos tinha sido abastecida com essa medicação, que não era para estar faltando", disse Ana Paula.

Ela conta que os médicos estão sendo muito atenciosos e que se disponibilizaram a fazer a cirurgia assim que o problema for resolvido. A família chegou a sugerir que ia comprar a medicação, mas, mesmo assim, continuam enfrentando dificuldade. "Era uma cirurgia de urgência, tanto que já estava marcada. Do mesmo jeito que ele entrou liberaram ele, por falta de anestésico", disse Ana Paula.

Segundo o diretor clínico da Santa Casa de São Carlos, Flávio Guimarães, a preocupação é manter um estoque mínimo e a regularização da medicação ainda não aconteceu.

"A Santa Casa criou um grupo técnico de médicas para avaliar a disponibilidade da medicação no estoque atual para manter um funcionamento mínimo de vários setores e também vendo a demanda de cirurgias q deveriam ser realizadas ou agendadas. A nossa preocupação é obedecer critérios de gravidade. É uma situação difícil ter que escolher quem vai ser operado, mas tem que ter envolvimento dos gestores do município para priorizar as cirurgias de grande necessidade, as que não podem esperar porque o resultado pode ser pior", afirmou o diretor.

Falta desde junho

A falta de anestésico é um problema desde junho e atinge vários hospitais do país, tendo relação com o aumento de intubações de pacientes com Covid-19. Na ocasião, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o medicamento está em falta no mercado e que seu fornecimento é de responsabilidade do Ministério da Saúde, que está com dificuldade em adquirir os sedativos.

Também na ocasião, o Ministério da Saúde disse que a aquisição e a distribuição dos anestésicos são de responsabilidade dos municípios ou dos próprios hospitais, mas que mantém conversas com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, com a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos e com os laboratórios farmacêuticos nacionais para identificar possíveis problemas relacionados à falta dos medicamentos.


A Cidade ON


Polícia leva intimações a 4 pessoas para falarem sobre denúncia de importunação e assédio de médico

 

Delegada diz que antigos colegas do profissional devem prestar depoimento, na Deam, em Campo Grande. Já o médico será o último a ser ouvido.



A Polícia Civil está levando nesta segunda-feira (24), em Campo Grande, 4 intimações para pessoas que atuam em unidades de saúde e que possam falar sobre a conduta de um médico de 67 anos, investigado por importunação e assédio sexual.

Ao todo, três inquéritos tramitam na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) contra o profissional, sendo um deles instaurado em janeiro deste ano e o mais recente na semana anterior.

"Nós temos estes três inquéritos em andamento aqui na Deam. Um dos boletins de ocorrência, de perturbação da tranquilidade, foi alterado para assédio sexual. Agora estamos fazendo buscas e temos estas testemunhas a serem ouvidas, que devem falar sobre a conduta sexual inadequada dele. São homens e mulher que atuavam com o médico em unidades de saúde. O médico será o último a ser ouvido", afirmou ao G1 a delegada adjunta da Deam, Anne Karine Trevisan.

Denúncia mais recente


jovem de 28 anos registrou o boletim de ocorrência na última terça-feira (18). Ela alega que o crime ocorreu horas antes, durante uma consulta, em uma instituição que oferece atendimento de saúde especializado, no Jardim Monumento.

Segundo o registro, a mulher chegou recentemente ao estado e marcou a consulta por ter um distúrbio sexual. Ao relatar os problemas ao profissional, ele teria dito: "Isso é uma limitação da sua mente, você é muito gostosa", entre outras palavras, sugerindo que ela tivesse mais relações sexuais e ainda teria beijado a mão dela.

Conforme a jovem, o médico pegou na mão dela sem o consentimento e também falou que ela "precisava se desconstruir". Em seguida, ele teria contado a história de um amiga, sendo invasivo, o que a fez chorar no consultório, ainda de acordo com o relato da vítima. Logo em seguida, a vítima disse que pediu para que ele esclarecesse as dúvidas delas, já que estava com problemas de saúde.

Na sequência, o profissional teria pedido a ela para aguardar o final do expediente, momento em que ela se negou e disse que não poderia, já que estava "de carona". O médico repassou o celular dele e disse para ela mandar mensagens pelo WhatsApp, o qual ele responderia. A mulher então saiu da sala e relatou que foi interceptada pelo médico, momento em que ele, mais uma vez sem o consentimento dela, teria a abraçado e a beijado no rosto.

No decorrer do dia, a mulher disse que seus problemas persistiram e ela então enviou mensagem ao médico, momento em que ele teria pedido a ela para retornar ao consultório, sem custos, sendo que depois ele poderia "tomar um café e ela teria depois uma carona maravilhosa".

A mulher retornou ao local, porém, recebeu atendimento de uma médica e esta teria a atendido adequadamente. Após sair da unidade de saúde, ela se dirigiu até o 4° Distrito Policial e registrou o boletim de ocorrência por importunação sexual.

O delegado João Reis Belo, titular da unidade policial, instaurou o procedimento e disse que médico será notificado, em breve, para prestar depoimento. "Ele será intimado nos próximos dias. A mulher esteve aqui, prestou depoimento e descreveu os fatos com riqueza de detalhes, além de apresentar as mensagens. Este é um crime que não deixa vestígios, não tem testemunha, então, vamos apurar", afirmou na ocasião.

A reportagem também entrou em contato com a instituição onde teria ocorrido o assédio. A entidade disse que não vai pronunciar sobre o caso.

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM/MS) disse que ficou sabendo da denúncia contra o médico pela imprensa e que não existe nada formalizado sobre esse caso, ou mesmo outras denúncias, contra o profissional. Em razão disso, a entidade diz que vai aguardar o andamento da investigação policial.



sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Atriz é internada após cirurgia e marido acusa hospital de negligência médica

Segundo o esposo da atriz, ela teve que esperar por 18 horas na emergência do local



Claudia Lira, atriz que trabalhou em novelas como Caminho das Índias, Velho Chico e Segundo Sol, foi operada por causa de uma apendicite há dez dias, mas na madrugada da última quarta-feira, dia 26, ela precisou passar por uma nova cirurgia após sentir fortes dores.

Em uma publicação o marido da atriz, João Marcelo Araújo, acusa a equipe médica do Hospital Assim, do Rio de Janeiro, de negligência. Segundo ele, sua esposa teve que esperar por 18 horas na emergência do local.

Além disso, em comunicado, a equipe de Claudia informou o seguinte:

"A atriz Claudia Lira encontra-se internada, recuperando-se bem do procedimento realizado na quinta-feira (27). Lamentamos profundamente o ocorrido! Agradecemos as mensagens de carinho."



Folha Vitória