Ademir Zabotto, de 68 anos, sofre com dores na coluna em São Carlos (SP), mas hospital precisa controlar estoque para casos mais graves
Ademir Zabotto, de 68 anos, sofre com dores na coluna e espera por cirurgia. |
Um aposentado de 68 anos, com suspeita de tumor na coluna, aguarda há dois meses para fazer uma cirurgia na Santa Casa de São Carlos (SP), mas a falta de anestésicos impede a realização do procedimento. Hospital criou grupo técnico de médicos para avaliar o estoque e decidir os pacientes que devem ter prioridade para o uso.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que intensificou o monitoramento dos estoques de medicamentos utilizados em suas unidades hospitalares. Disse ainda que o Ministério da Saúde sinalizou que o abastecimento vai ser regularizado e, assim que os medicamentos forem entregues, serão a distribuídos para todo o estado.
A EPTV Central entrou em contato com o Ministério da Saúde, mas não obteve retorno.
Dores na coluna
Ele toma vários remédios pra dor, que já não fazem mais efeito. Sem poder andar, há dois meses ele espera pela cirurgia, mas a falta de anestésico impede o procedimento. "O laboratório mandou mensagem falando que São Carlos tinha sido abastecida com essa medicação, que não era para estar faltando", disse Ana Paula.
Ela conta que os médicos estão sendo muito atenciosos e que se disponibilizaram a fazer a cirurgia assim que o problema for resolvido. A família chegou a sugerir que ia comprar a medicação, mas, mesmo assim, continuam enfrentando dificuldade. "Era uma cirurgia de urgência, tanto que já estava marcada. Do mesmo jeito que ele entrou liberaram ele, por falta de anestésico", disse Ana Paula.
Segundo o diretor clínico da Santa Casa de São Carlos, Flávio Guimarães, a preocupação é manter um estoque mínimo e a regularização da medicação ainda não aconteceu.
"A Santa Casa criou um grupo técnico de médicas para avaliar a disponibilidade da medicação no estoque atual para manter um funcionamento mínimo de vários setores e também vendo a demanda de cirurgias q deveriam ser realizadas ou agendadas. A nossa preocupação é obedecer critérios de gravidade. É uma situação difícil ter que escolher quem vai ser operado, mas tem que ter envolvimento dos gestores do município para priorizar as cirurgias de grande necessidade, as que não podem esperar porque o resultado pode ser pior", afirmou o diretor.
Falta desde junho
Também na ocasião, o Ministério da Saúde disse que a aquisição e a distribuição dos anestésicos são de responsabilidade dos municípios ou dos próprios hospitais, mas que mantém conversas com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, com a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos e com os laboratórios farmacêuticos nacionais para identificar possíveis problemas relacionados à falta dos medicamentos.
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