quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Erro médico em atestado de óbito deve levar família a acionar Justiça após morte de idosa

 


O temor do coronavírus e a novidade da doença entre a população tem elevado até mesmo a ocorrências de erros médicos nos diagnóstico de infectados. Muitos profissionais sem saber como agir durante a pandemia acabam deliberando laudos sem exames e com resultados como sendo a covid-19 a responsável pelas mortes de várias pessoas. Um exemplo claro de erro médico no diagnóstico da doença aconteceu no dia 19 de julho,  Djanira Miranda de Souza, 77 ano foi atendida no UPA Vila Almeida por um médico plantonista. Ela foi diagnosticada com início de pneumonia e já iniciou o tratamento com todos os remédios e antibióticos receitados. O genro de Djanira, o jornalista Ademar Cardoso  participou hoje do programa Giro Estadual de Notícias para falar sobre o assunto.

Cardoso relata que no dia 24 de julho ela fez o teste rápido do covid por sangue (que teve resultado negativo)   e na  madrugada de  sexta-feira passada, ela morreu na (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida, em Campo Grande. Mesmo com dois testes rápidos dando negativo, o atestado de óbito traz suspeita de covid-19. No entanto, mesmo doente Djanira não  teve acesso ao exame swab, que é o "padrão ouro" para diagnosticar o novo coronavírus. Djanira passou mal e teve muita falta de ar . E Mesmo depois de morta, o médico insistiu em manter suspeita de covid-19 o que deixa a família indignada. A família deve ir à Justiça num ação de erro médico no caso da morte da idosa.

Diante disso o jornalista questionou por que a Djanira não teve acesso ao teste swab, que coleta secreções com cotonete. "Ela foi enfermeira por quase  20 anos na Santa Casa de Campo Grande.   E sempre saudável.  A trabalhadora esteve no   posto do Jardim Leblon na semana passada, mandaram esperar sete dias e tomar antibiótico", salientou o jornalista.

Ele lembra que para a família de Djanira a causa da morte  dela não foi a  Covid  19 ."Ela teve febre na quarta-feira dia 5 de agosto , mas na quinta  estava melhor.  E a partir das  21h30 teve dificuldade para respirar e foi levada à UPA. Em 20 minutos, o quadro se agravou", relembra o genro.  Depois do  óbito, ele destaca que a família pediu que fosse feito o teste com swab, mas o exame foi negado porque depois do  falecimento,  o caso  passa para a Medicina Legal. E mesmo com  dois testes rápidos negativos, feitos entre a semana passada,  o médico que atendeu a Djanira  apontou  Coronavírus como uma das possíveis causas da morte.

A família da idosa foi autorizada a acompanhar o sepultamento, no inicio da tarde desta sexta-feira (07), no Santo Amaro, em Campo Grande. No entanto, Cardoso lembra que a ao chegar ao cemitério,  às  13h30, o grupo de 12 pessoas foi  barrado. "Como o atestado de óbito da idosa atestava suspeita de covid-19, a administração informou que teria de seguir todos os protocolos da doença. Apesar de muita insistência dos familiares e amigos,  duas filhas foram autorizadas a entrar e acompanhar o sepultamento. Os familiares então decidiram fazer uma oração do lado de fora do cemitério e tiveram mais uma "surpresa", admite.

O jornalista conta que depois de  5 minutos, desde o início das orações, o veículo da funerária com o corpo, chegou ao local,  às 14h. À família e à administração do cemitério, os funcionários da funerária comunicaram que haviam sido informados que havia ocorrido um "erro" no posto de saúde, e que Djanira não estava com covid-19.

"Precisamos da resposta. Por isso peço que as pessoas estejam conscientes na sua cidade seja na Capital ou no interior do Estado se os testes foram conclusivos ou não. O Governo já fez mais de 65 mil testes para ver se pessoas estão com covid ou não. Mas o que não pode e um profissional entender, por no atestado de óbito que a pessoa morreu de covid  e isto não se real. É um desequilibrio psicológico que também afeta a vida das pessoas", sinalizou.

A Crítica

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