segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Família acusa hospital de negligência e erro no laudo de morte

"Eu pedi, implorei para os médicos, disse vocês vão matar meu pai", desabafa filha de vítima.


A esteticista Aléxia Cardoso de Lara, utilizou as redes sociais para denunciar o descaso e negligência que o seu pai sofreu enquanto esteve no Hospital Santa Rosa, em Cuiabá. Ela acusa a unidade de negligência no atendimento e erro na declaração de óbito.

O empresário Cesar Alves de Lara, 64, pai da denunciante, deu entrada no hospital no dia 19 de julho após sofrer uma queda em casa e sofrer dores."Ele chegou consciente, falando, só que com muita dor", comentou. Ele curou recente de um câncer de fígado.

"Meu pai ficou para fazer uns exames para saber se a queda trouxe algum dano, ele tomou soro e uma medicação, no dia seguinte o médico disse que ele não estava acordando, ele ficou em observação das 8h até as 11h, com isso ele teve que ser entubado".

A esteticista disse que ele ficou esperando para fazer a tomografia, antes de ir para a UTI. "Meu pai já tinha nódulos no pulmão, que ele já havia feito biópsia, então não era pneumonia nem nada, eu tinha os exames para comprovar. Quando viram isso falaram que ele estava com pneumonia, quando subiu pra ir pra UTI falou que ele teria que ficar na ala de suspeito de covid-19.

"Eu pedi, implorei para os médicos, disse vocês vão matar meu pai. O médico disse que não.Meu pai não podia ficar na área coronariana para contaminar que estava lá. Ele já havia fazer um teste que deu negativo para covid-19, antes de subir para a UTI".

Ele foi levado para o hospital após sofrer uma queda em casa e teve quadro agravado durante a internação, que durou apenas cinco dias. O empresário faleceu no dia 23 de julho. Além de dois testes rápidos, ele realizou o exame RP-PCR, todos com resultados negativos para covid-19.

Ela conta que foi informada da morte do pai, por uma amiga da família que teve contato com o médico que acompanhava seu pai. "Quando meu pai faleceu eu não recebi nenhuma ligação do hospital".

O hospital mandou a jovem procurar o Instituto Medico Legal (IML), para a liberação do corpo do seu pai, chegando na unidade ela foi informada pelos legistas que o caso deste óbito deveria ser registrado direto no hospital.

"Foi bem difícil conseguir o laudo de óbito dele, o hospital queria mandar pro IML, que explicava que este caso não era com eles e com muito custo entregaram a declaração de óbito com suspeita de covid".

A esteticista conta que só percebeu o erro na declaração de óbito quando chegou na funerária para dar entrada para velório e enterro. "Voltei pro hospital, entrei em contato com médicos, falei com os responsáveis do hospital, que estava errado a declaração de óbito e que eles deveriam concertar o erro".

Confira nota do Hospital na íntegra:

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