De acordo com denúncia, paciente com parada cardiorrespiratória teria ficado por 11 minutos sem a assistência de um médico; Prefeitura vai investigar se morte foi por negligência.
Paciente de 62 anos morreu na UPA do Jardim Anita
No dia 13 de maio, um homem de 62 anos deu entrada na UPA do Jardim Anita, em Franca, com parada cardiorrespiratória. O paciente foi atendido pela equipe de enfermagem, mas teria ficado 11 minutos sem a assistência de um médico, porque não havia nenhum no local no momento, segundo denúncia. O homem morreu minutos depois.
Questionada, a Prefeitura afirmou que a Comissão de Revisão de Prontuário vai avaliar o relatório médico e, caso seja evidenciada negligência, o caso será encaminhado ao Comitê de Ética Médica.
O caso
Por meio de comunicações feitas ao Portal GCN, a reportagem teve acesso a mensagens trocadas no dia da morte do paciente entre profissionais que atuam na unidade de emergência. Em uma delas, é informado que o homem deu entrada na UPA às 7h09, mas o registro do primeiro médico a chegar foi às 7h20.
“Hoje aconteceu um fato inadmissível. Às 7h09 chegou um paciente em PCR, foi encaminhado à sala de urgência e a equipe de enfermagem começou com o atendimento com manobras de compressão torácica. Procuramos médico em toda a unidade e não achamos nenhum. A enfermagem foi em todos os quartos e cantos da UPA”, dizia uma mensagem.
Após 11 minutos sem assistência de um médico, o primeiro profissional teria chegado à unidade. Naquele dia, cinco médicos estariam escalados para o período diurno, sendo dois deles na Ala Vermelha, que atende pacientes com maior gravidade.
A família
No atestado de óbito do homem de 62 anos, consta morte súbita e hipertensão arterial. O Portal GCN procurou a família, que tentou, mas ainda não teve acesso ao prontuário. Apesar de não ter condições de confirmar se realmente não havia médicos na unidade, ela alega que a enfermagem chamava por médicos no interior da UPA.
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