segunda-feira, 20 de junho de 2022

Pacientes denunciam espera de mais de 6 horas por atendimento em UPAs

 Usuários reclamam e fazem filas em diversas Unidades de Pronto Atendimento da capital alagoana

Atendimentos a pacientes com sintomas gripais e suspeitas de arboviroses aumentaram

Não são só os casos de Covid-19 que têm lotado as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Maceió. Atualmente, a grande maioria dos casos nestas unidades tem sido de dengue e chikungunya. A demora e a qualidade no atendimento são motivos de reclamação dos usuários, que chegam a esperar mais de 6 horas para serem atendidos.

A Gazeta de Alagoas esteve nas unidades do Jaraguá e Trapiche da Barra, na manhã de ontem e conversou com alguns usuários que estavam à espera de atendimento.

O estudante Rafael Gomes, de 16 anos, se queixa de dores no corpo e na cabeça, além de apresentar manchas pelo corpo. Ele já espera há mais de duas horas por atendimento.

“Vim aqui porque não aguentava mais sentir dor, mas aqui está pior por causa da demora no atendimento. Todo mundo está reclamando e não podemos fazer nada”, disse.

Desolados, pacientes fazem filas nas portas, muitas vezes em pé

Dona Zenalva Lima estava acompanhando a filha que está com suspeita de chikungunya. Devido aos protocolos, ela teve que esperar do lado de fora. “Minha filha estava passando mal, até vomitou aqui fora. Agora está lá dentro esperando passar pela triagem e eu não sei quanto tempo mais vamos ficar por aqui”.

No final de semana, o fiscal Gustavo Oliveira esteve na Upa do Jaraguá com fortes dores e manchas na pele. Ele conta que chegou à unidade por volta das 10h da manhã e saiu de lá às 16h30, sem receber atendimento.

“Eu não aguentei esperar, estava morrendo de dor e acabei voltando para casa. Como os sintomas eram de dengue, me tratei tomando muito líquido e remédio para dor. Mas o atendimento mesmo eu não recebi, o atendimento da UPA é péssimo, esperei mais de 6 horas”, relata.

Sobre o assunto, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) disse que o número de atendimentos a pacientes com sintomas gripais e suspeitas de arboviroses aumentou significativamente em todas as unidades de saúde da capital e do interior do Estado. Esclareceu, ainda, que os médicos atendem seguindo o fluxo de gravidade determinado na classificação de risco e/ou triagem com enfermagem.






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