domingo, 26 de junho de 2022

‘‘Rasgaram minhas partes íntimas’’, diz jovem que acusa suposta violência obstétrica no HRS

 A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso instaurou sindicância para apurar a denúncia


Uma adolescente, de 17 anos, registrou boletim de ocorrência na delegacia de Polícia Civil de Sinop, município onde reside, para denunciar que foi vítima de violência obstétrica durante o parto, no último dia 6 de junho, no Hospital Regional de Sorriso (HRS). Em razão disso, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) instaurou sindicância para apurar o caso.


Segundo a jovem, ela deu seguidas entradas na unidade de saúde em dois dias diferentes com fortes contrações e mesmo assim recebeu alta da equipe médica. No dia 5 de junho, à noite, ela foi ao HRS com dilatação de 2/3 centímetros e contrações constatadas por aparelho, mas foi liberada às 21h, e retornou às 23h30min, sem direito a acompanhante, e com a bolsa estourada, segundo ela.


A jovem disse, ainda, que esperou até às 5h do dia 6. "As enfermeiras ficavam passando pelo corredor soltando piadinhas, dizendo que na hora de fazer estava bom e que eu teria que ficar quieta para não incomodar outras pessoas. Quando eu não estava aguentando de dor, peguei na mão de uma enfermeira, que disse que não tinha nada a ver com a minha dor".


Para a polícia, a mulher disse que só foi levada à sala de parto após constatarem que o coração da criança estava com batidas fracas. "O parto foi forçado e o acompanhamento não era adequado. Rasgaram minhas partes intimas e fiquei toda roxa", relatou a jovem.


OUTRO LADO


De acordo com a SES-MT, a sindicância é necessária tendo em vista que, embora haja a denúncia junto à imprensa, não houve qualquer formalização da denúncia junto à Secretaria de Saúde ou mesmo no âmbito do Hospital Regional.


"Contudo, diante do relato da paciente nas redes sociais, a SES-MT apurará a demanda e continuará priorizando a otimização e humanização da assistência em saúde para todos os cidadãos de Mato Grosso. O caso será apurado de acordo com os trâmites legais, de modo a respeitar o direito de manifestação também dos profissionais e prezar pelo princípio da ampla defesa, com responsabilidade e respeito a todos", acrescentou a Secretaria.


GC Notícias



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