Decisão ainda cabe recurso. Benjamin Prince Paulino de Souza ficou conhecido após campanha dos pais para ajuda durante tratamento.
Benjamin hoje está com 7 anos e passa por tratamento (Foto: Arquivo pessoal ) |
A juíza da Vara Cível da Comarca de Sena Madureira deu parecer favorável à família do pequeno Benjamin Prince Paulino de Souza, de 7 anos, acometido com paralisia cerebral causada por um caso de icterícia, adquirido quando ainda era recém-nascido. A magistrada Andrea Brito entendeu que houve erro médico.
A criança ficou conhecida em 2014 após uma campanha que os pais fizeram para arrecadar custos para o tratamento, o blog criado foi intitulado “Amigos do Ben”.
A sentença estipula um indenização de R$ 374 mil para a criança e ainda R$ 140 mil em favor dos pais de Ben - Paulo da Silva Sousa e Ecilene Paulino de Souza. Além do pagamento vitalício de pensão para a criança no valor mensal de R$ 1.874, incluindo o 13° salário.
O valor deve ser pago pelo Estado e também pelos dois médicos, de forma solidária, apontados no processo, Roberto Henrique Campos e Elias Antônio de Moura. A sentença ainda cabe recurso. A solidariedade é quando o valor total da indenização é dividida proporcionalmente entre as partes do processo.
Os pais da criança alegam que, por negligência médica, Ben sofreu lesão cerebral grave em razão de icterícia neonatal aos seis dias de vida. Relataram que houve descuido pela equipe médica do Hospital João Câncio Fernandes, em Sena Madureira, e as consequências foram o comprometimento do desenvolvimento psicomotor do menino.
O Estado deve se posicionar ainda nesta quarta-feira (27). O G1 tentou entrar em contato com a defesa dos dois médicos, mas conseguiu contato apenas com Miguel Ortiz, que representa Roberto Campos. Ele diz que pretende recorrer da sentença e alega que a decisão não foi justa.
“A sentença é injusta, afastada da realidade, porque o médico não pode ser culpado pela falta de condições de trabalho e foi exatamente isso que aconteceu. O hospital estava com o equipamento estragado, não tinha recurso e a única coisa que os médicos podiam fazer era usar a que tinham”, explica.
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