sexta-feira, 21 de julho de 2017

Operação que investiga desvios de verbas públicas da saúde indígena no Acre é deflagrada pela PF E CGU

Operação investiga fraude de mais de R$ 9 milhões em contratos de lavanderia, alimentação, transporte aéreo e pagamentos entre empresários e o Dsei. Três servidores do Dsei foram afastados dos cargos e 18 pessoas, entre empresários e funcionários públicos, são investigados.
 
Operação é deflagrada pela PF e pela Controladoria Geral da União (CGU) (Foto: Aline Nascimento)
 
 
A Polícia Federal (PF) e Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União (CGU) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (20), a Operação Abaçaí. A ação tem como finalidade desarticular uma organização criminosa suspeita de desviar verbas federais da saúde indígena no Acre. Segundo a PF, as fraudes eram feitas por meio de contatos de transporte aéreo, fornecimento de alimentação, serviços de lavagem de roupas e de manutenção de veículos.
 
Ao G1, o MInistério da Saúde disse que apoia toda e qualquer iniciativa que tenha como objetivo melhorar a gestão dos recursos públicos e coibir fraudes. O órgão disse ainda que está à disposição das autoridades e adotará as medidas administrativas necessárias.
 
Um dos delegados responsável pela operação, Jacob Guilherme, disse que estão sendo cumpridos 15 mandados de condução coercitiva, 21 de Busca e Apreensão em Rio Branco, além de medidas preventivas como impedimento dos envolvidos de comunicação com testemunhas e afastamento das funções públicas. O valor dos contratos totaliza mais de R$ 9 milhões. Os desvios de recursos eram feitos com superfaturamento por sobrepreço e por pagamento de serviços não realizados.
 
"Detectamos um aumento expressivo no pagamento de vários contratos sem que tivesse justificativa plausível. O número de pacientes atendidos pelo Distrito Indígena sempre permaneceu uma média idêntica ao de períodos anteriores, só que os pagamentos feitos para algumas empresas aumentaram mais de 50%. Recebemos a denúncia que estava tendo o superfaturamento de vários contratos públicos e começamos afastados", complementou.
 
O órgão disse ainda que as investigações apontam que as irregularidades eram praticadas por agentes públicos do Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Purus (Dsei/Arpu) em acordo com empresários da região que prestavam serviços ao órgão. Três funcionários do Dsei foram afastados dos cargos. Cerca de 18 pessoas, entre empresários e funcionários públicos, são investigados pelas fraudes.
 
Superintendentes da CGU e PF, além de delegados e auditores, falaram sobre a Operação Abaçaí na manhã desta quinta (20) (Foto: Aline Nascimento/G1)
 

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