Gecoc desencadeou operação nesta quarta-feira para prender ex-prefeitos envolvidos. Desvios passam de R$ 3 milhões, aponta investigação.
Ex-prefeito de Girau do Ponciano é preso em operação do Gecoc |
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) informou na tarde desta quarta-feira (19) que o esquema de desvio de dinheiro da saúde pública por meio de notas fiscais frias, revelado em Girau do Ponciano, Mata Grande e Passo de Camaragibe, pode estar acontecendo em outras prefeituras do estado.
Pela manhã, as equipes do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão contra a fraude que acontecia por meio da compra de medicamentos. Foi preso o ex-prefeito de Girau, Fábio Rangel Nunes de Oliveira.
As equipes continuam buscas para prender José Jacob Gomes Brandão e Márcia Coutinho Nogueira de Albuquerque, ex-prefeitos dos municípios de Mata Grande e Passo, respectivamente. A suspeita é de que o esquema já tenha desviado mais de R$ 3 milhões.
A reportagem do G1 não conseguiu contato com a defesa dos investigados.
“Os trabalhos internos de investigação vão continuar. Já foi comprovado que a empresa era de fachada, onde nenhum medicamento, nem mesmo um Dorflex entrava. Só tinha saída de medicamentos. Temos informação que outras prefeituras podem sim estar envolvidas”, afirmou o promotor Carlos Davi Lopes.
Nas irregularidades apuradas pelo Gecoc, ficou constatado até agora que José Jacob, Fábio Rangel e Márcia Coutinho assinaram procedimentos licitatórios que beneficiaram a RR Distribuidora, autorizando pagamentos de verbas públicas em favor da referida empresa, sem que qualquer mercadoria tivesse sido fornecida ou serviço prestado.
Na operação desta manhã, uma ex-secretária de Saúde de Girau e um empresário também foram presos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário