Investigações indicaram que mulher estava grávida de um feto só e que exames estavam errados, segundo a polícia. Ela disse que está abalada com a notícia.
Segundo a polícia, três das quatro ultrassons feitas pela grávida estavam erradas (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Roraima) |
O inquérito da Polícia Civil que investigou o suposto sumiço da bebê de uma mãe que esperava ter gêmeas na maternidade de Boa Vista apontou erros nas ultrassonografias e constatou que na verdade ela estava grávida de um só feto, informou nesta sexta-feira (22) a delegada Jaira Farias, titular do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (NPCA) e responsável pelo caso.
Segunda a delegada, foi constatado nas investigações que não houve gestação de gêmeas, mas sim erros em três dos quatro exames de ultrassom feitos pela dona de casa Ivana Figueiredo, de 40 anos.
A delegada Jaira disse que os exames tinham imagens de baixa qualidade, o que pode ter contribuído para erro médico e a falsa constatação da gravidez de gêmeas. Os exames foram feitos na rede pública e privada.
O inquérito foi finalizado na quinta-feira (21) e encaminhado à Justiça. A investigação concluiu que não houve crime e nem sumiço de nenhum bebê, já que a gestação era de apenas um feto.
A delegada disse que durante a investigação ouviu todos os profissionais que estavam no centro cirúrgico no momento do parto, que foi no dia 18 de novembro.
"Todos foram unânimes e convictos em dizer que havia apenas uma bebê", sustentou, afirmando que haviam na sala um anestesista, um pediatra, uma enfermeira e dois auxiliares de enfermagem.
As imagens das ultrassonografias feitas pela mãe foram encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML), onde foram periciadas. Segundo a delegada, os peritos também confirmaram que se tratava de apenas um feto.
Ela disse também que os médicos que podem ter errado nos exames estão sujeitos a responder administrativamente no Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima (CRM-RR).
"Os pais, se quiserem, também podem processar civilmente por danos morais os responsáveis pelo erro", explicou a delegada Jaira.
'Muito abalada', diz mãe
Por telefone, a mãe disse ao G1 que está muito abalada com o resultado das investigações da polícia.
Ela afirmou que ainda não sabe se vai querer processar os responsáveis pelos erros no diagnóstico da gestaçã de gêmeas. “Vou pensar nisso e só decido depois do Natal”, declarou Ivana.
CRM tem sindicância sobre o caso
Já o Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima informou apura o caso por meio de sindicância interna que está em fase de oitivas com os envolvidos.
Caso seja comprovado algum erro médico, será aberto um processo ético-profissional, que poderá resultar em punições.
Nenhum comentário:
Postar um comentário