terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Inquérito aponta erros em exames de grávida que acreditava esperar gêmeas mas teve só uma bebê em RR

Investigações indicaram que mulher estava grávida de um feto só e que exames estavam errados, segundo a polícia. Ela disse que está abalada com a notícia.

Segundo a polícia, três das quatro ultrassons feitas pela grávida estavam erradas
 (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Roraima)

O inquérito da Polícia Civil que investigou o suposto sumiço da bebê de uma mãe que esperava ter gêmeas na maternidade de Boa Vista apontou erros nas ultrassonografias e constatou que na verdade ela estava grávida de um só feto, informou nesta sexta-feira (22) a delegada Jaira Farias, titular do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (NPCA) e responsável pelo caso.

Segunda a delegada, foi constatado nas investigações que não houve gestação de gêmeas, mas sim erros em três dos quatro exames de ultrassom feitos pela dona de casa Ivana Figueiredo, de 40 anos.

A delegada Jaira disse que os exames tinham imagens de baixa qualidade, o que pode ter contribuído para erro médico e a falsa constatação da gravidez de gêmeas. Os exames foram feitos na rede pública e privada.

O inquérito foi finalizado na quinta-feira (21) e encaminhado à Justiça. A investigação concluiu que não houve crime e nem sumiço de nenhum bebê, já que a gestação era de apenas um feto.

A delegada disse que durante a investigação ouviu todos os profissionais que estavam no centro cirúrgico no momento do parto, que foi no dia 18 de novembro.

"Todos foram unânimes e convictos em dizer que havia apenas uma bebê", sustentou, afirmando que haviam na sala um anestesista, um pediatra, uma enfermeira e dois auxiliares de enfermagem.

As imagens das ultrassonografias feitas pela mãe foram encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML), onde foram periciadas. Segundo a delegada, os peritos também confirmaram que se tratava de apenas um feto.

Ela disse também que os médicos que podem ter errado nos exames estão sujeitos a responder administrativamente no Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima (CRM-RR).

"Os pais, se quiserem, também podem processar civilmente por danos morais os responsáveis pelo erro", explicou a delegada Jaira.

'Muito abalada', diz mãe

Por telefone, a mãe disse ao G1 que está muito abalada com o resultado das investigações da polícia.
Ela afirmou que ainda não sabe se vai querer processar os responsáveis pelos erros no diagnóstico da gestaçã de gêmeas. “Vou pensar nisso e só decido depois do Natal”, declarou Ivana.

CRM tem sindicância sobre o caso

Já o Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima informou apura o caso por meio de sindicância interna que está em fase de oitivas com os envolvidos.

Caso seja comprovado algum erro médico, será aberto um processo ético-profissional, que poderá resultar em punições.

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