Hugo Barreto/Cedoc |
Preso desde setembro de 2016 pela participação na “máfia das próteses”, o médico Johnny Wesley Martins teve a liberdade concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). As investigações o apontaram como líder da organização criminosa investigada na Operação Mr Hyde, da Polícia Civil e do Ministério Público do Distrito Federal. Com a decisão, todos os envolvidos no esquema estão soltos.
A soltura foi determinada pelo ministro Felix Fischer nesta quarta-feira (29), mas os argumentos para libertar o suspeito só devem ser divulgados com a publicação da decisão, prevista para sexta-feira (1º). O Jornal de Brasília ainda não conseguiu contato com a defesa do médico, que já havia tido dois pedidos de soltura negados pela mesma corte.
Johnny Wesley tornou-se réu em 23 de setembro deste ano, junto com outros 16 acusados de integrar a Máfia das Próteses. O grupo é suspeito de superfaturar equipamentos, trocar próteses de maneira fraudulenta, usar materiais com prazo de validade vencido em procedimentos médicos realizados nos pacientes e até de realizar procedimentos desnecessários. Segundo as investigações, mais de 200 pessoas foram vítimas do esquema em um ano.
Réus
Dezessete pessoas foram denunciados por organização criminosa, com pena prevista de 3 a 8 anos de prisão e multa. São réus os sócios da fornecedora suspeita de integrar o esquema, a TM Medical, Mariza Aparecida Rezende Martins, Micael Bezerra Alves e Johnny Wesley Gonçalves, e os representantes comerciais Sammer Oliveira Santos, Danielle Beserra de Oliveira, Rosangela Silva de Sousa e Edson Luiz Mendonça Cabral.
Também respondem os médicos Antônio Márcio Catingueiro Cruz, Marcos de Agassiz Almeida Vasques, Eliana de Barros Marques Fonseca, Rogério Gomes Damasceno, Juliano Almeida e Silva, Wenner Costa Catanhêde, Leandro Pretto Flores, Rondinely Rosa Ribeiro e Henry Greidinger Campos. A secretária Naura Rejane Pinheiro da Silva, que trabalhava com Greidinger, também foi denunciada.
Mr. Hyde
A operação Mr. Hyde já teve quatro fases deflagradas. Na primeira, foram presas 13 pessoas no Hospital Home, na Asa Sul, em três clínicas e residências de médicos envolvidos com os supostos crimes. O alvo da segunda fase foi o hospital Daher, no Lago Sul. Na terceira fase, a polícia prendeu o médico Fabiano Duarte Dutra por suspeita de botar fogo em documentos que poderiam servir de provas.
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