segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Justiça manda prender médico que tentou matar paciente devido a herança em Garça





O Tribunal de Justiça rejeitou o recurso e manteve a sentença que determina a prisão do médico médico Luiz Antônio Bruniera, condenado em agosto deste ano pelo Tribunal do Juri a oito anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado, por tentar matar paciente internado em sua clínica para ficar com a herança dele.

O decreto de prisão preventiva já foi expedido pela Justiça nesta semana. A 6ª Câmara de Direito Criminal do TJSP rejeitou o recurso do réu, mas corrigiu erro material nas penas fixadas, para reduzi-las para 5 anos e 3  meses de reclusão. 

Segundo denúncia oferecida à Justiça, o crime atribuído a Bruniera teria ocorrido em 1999, em uma clínica de repouso de sua propriedade. A vítima, um diabético internado pela segunda vez no local para tratamento de alcoolismo, alegou que foi convencida pelo médico a ceder a ele parte de sua herança. Com a morte do pai, o paciente teria herdado apartamento, lojas, prédios, terrenos e parte de um parque de diversões. Em 1997, ele já havia cedido 40% dos bens a irmã. A vítima declarou que, após receber medicação, foi visitada por grupo de advogados e assinou documento autorizando a doação de 40% da herança à clínica de repouso.

O paciente disse que estava confuso e não leu os papéis antes de assinar. Ainda conforme a denúncia, após a "doação", a unidade teria deixado de aplicar nele insulina. Além disso, a clínica teria passado a oferecer ao homem guloseimas, bolos e chocolates. Ele foi retirado do local em abril de 2000 e morreu em 2007, vítima de infarto.

O réu recorreu ao TJ alegando cerceamento de defesa, ante o indeferimento da oitiva de convocar dois peritos para depoimentos. Também pediu a absolvição alegando que a decisão do júri foi manifestamente contrária a prova dos autos.

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