Há três meses sem receber medicamento, família precisa comprar remédio para manter tratamento prescrito pelo médico
Secretaria de Saúde afirma que problema será resolvido nas próximas semanas |
Pessoas em tratamento que dependem de remédios distribuídos na Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica (CGAF) enfrentam dificuldades para conseguir o medicamento Noripurum. Há meses, a Secretaria de Estado da Saúde de Roraima (Sesau) não tem feito a distribuição.
De acordo com uma paciente em tratamento que terá a identidade preservada pela reportagem do Roraima em Tempo, há três meses não consegue recebe o remédio na Coordenadoria Geral. "Eles ficam enganando as pessoas, dizendo que é para elas voltarem. As pessoas ficam perdendo tempo e não têm o medicamento disponível", disse.
Com problema de insuficiência renal, a paciente precisa fazer uso do remédio periodicamente, pois o tratamento prescrito pelo médico não pode ser interrompido. "O Noripurum não está sendo distribuído pelo governo há pelo menos dois anos, conforme um funcionário, sendo que muitas pessoas dependem dele", denunciou à reportagem.
Ainda conforme a denúncia, funcionários da Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica informaram que o remédio não está disponível ao centro de distribuição há dois anos e mesmo assim, insistem para que os pacientes retornem ao local em busca do medicamento. "As pessoas perdem tempo indo lá e não tem nada", criticou a mulher.
Devido à falta do medicamento, muitos pacientes que passam por tratamento com Noripurum precisam comprar o remédio por um preço que varia de R$ 64 a R$ 75 nas farmácias de Roraima. "Estamos comprando o medicamento, sendo que é liberada a distribuição. Precisamos tirar do nosso bolso, porque não posso parar o tratamento", relatou.
SESAU
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Roraima informou que a Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica solicitou a contratação para compra do medicamento que está em falta. A previsão é que em até 45 dias, o item esteja disponível para a população fazer uso.
A nota lembrou ainda a crise financeira que atinge o estado. "Vale ressaltar que ao assumir a atual gestão, o desabastecimento de medicamentos era praticamente total, e não havia nenhum contrato de aquisição de medicamentos aberto e nem atas de registro de preços vigente".
Segundo a nota encaminhada à reportagem, medidas estão em execução para que problemas da saúde pública sejam sanados. "Além do processo anual de compras de medicamentos e materiais médico-hospitalares, que já está em andamento, foram abertos quatro processos emergenciais para aquisição desses itens".
A secretaria informou que nas próximas semanas, o problema deve ser resolvido. "Os itens começaram a chegar gradativamente e as entregas devem ser intensificadas a partir da próxima semana. A situação começou a normalizar e a maior parte dos materiais e medicamentos já deve estar disponível até o final da primeira quinzena de março", concluiu.
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