Até o momento, a Comissão Permanente de Saúde da ALMS não tem casos registrados
Presidente da Comissão de Saúde da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), o deputado estadual Antônio Vaz (PRB) aponta que, entre os principais fatores que influenciam na subnoticação de casos de violência obstétrica em Mato Grosso do Sul, está o fato de que as mulheres têm medo de denunciar por precisar usar o serviço futuramente.
Primeiro é preciso entender o que caracteriza a violência obstétrica. Neste sentido, o deputado explica: "é aquela em que a mulher sofre durante o atendimento ao pré e pós parto e durante o trabalho de parto propriamente dito. Essa violência é comprovada pelo grande número de denúncias".
Depois, o que ocorre para que os casos sejam pouco investigados. "A mulher não denuncia por temor de ver o seu atendimento prejudicado, caso necessite novamente do serviço do hospital. São situações inadmissíveis, justamente quando a mulher está mais vulnerável e precisa de acolhimento e atenção. Essa atenção especial à mulher faz parte do plano do Ministério da Saúde no programa de humanização do atendimento, o Humaniza SUS", lembra.
Tanto é que a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa não tem casos registrados de violência obstétrica, mesmo com as várias denúncias na mídia. Apesar de os registros serem poucos, o parlamentar entende que é necessário fazer um trabalho de conscientização dos profissionais da saúde para melhorar o tratamento às mães grávidas e em período de puerpério (em que a mulher acabou de ter o bebê).
"Como presidente da comissão permanente de saúde da ALMS, apoio medidas que possam minorar essa situação. A exemplo da recomendação da Promotora de Justiça, Dra Daniela Cristina Guiotti, que determinou em junho de 2018, a adoção de medidas educativas simples, como cartazes e palestras para trabalhadores que estão diretamente no cuidado de mulheres como as enfermeiras, médicos, técnicos, etc", destaca Vaz.
Deputado estadual Antônio Vaz |
Denúncias
Somente neste ano, o TopMídiaNews denunciou diversos casos envolvendo mães que passaram traumas de violência obstétrica. Um deles foi com Paulina Brunielle do Nascimento, de 21 anos, que sentiu na pele o que acredita ter sido negligência médica após passar por parto normal no Hospital Universitário, em Campo Grande.
Somente neste ano, o TopMídiaNews denunciou diversos casos envolvendo mães que passaram traumas de violência obstétrica. Um deles foi com Paulina Brunielle do Nascimento, de 21 anos, que sentiu na pele o que acredita ter sido negligência médica após passar por parto normal no Hospital Universitário, em Campo Grande.
A jovem foi internada no dia 14 deste mês. Com fortes dores abdominais, dor de cabeça e febre. Uma semana após o parto, ela teve uma surpresa ao tomar banho. No último dia 21, ao fazer força, ela expeliu um pano do seu canal vaginal, que estaria apodrecendo em seu corpo.
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