Presidente da CEI, Edilsinho (PSDB) diz que intenção é investigar e concluir o caso com isenção e coerência |
Comissão Especial de Inquérito convocou Conselho de Saúde para participar dos trabalhos, que devem contar com apoio de obstetra contratado
Na manhã desta quinta-feira (21), a Comissão Especial de Inquérito (CEI), da Câmara Municipal de Paulínia, que investiga as circunstâncias da morte de uma recém-nascida no hospital público da cidade (HMP), dia 22 passado, discutiu ações e definiu medidas necessárias para o trabalho de apuração.
De acordo com o presidente da CEI, vereador Edilson Rodrigues Junior, o Edilsinho Rodrigues (PSDB), o Conselho Municipal de Saúde (CMS) foi convidado e aceitou participar ativamente dos trabalhos da Comissão. Ele acredita que, entre outras coisas, o CMS pode ajudar na coleta de informações importantes sobre o que ocorreu no dia do complicado parto da mãe da bebê. “A intenção é investigar e apresentar de forma isenta e coerente o relatório final”, afirmou o parlamentar.
Uma das principais medidas definidas pela CEI foi a contratação de médico obstetra, para acompanhar e auxiliar as investigações e, no final, emitir laudo técnico sobre o que, de fato, teria causado a morte da menina. A Comissão pretende, ainda, solicitar à Secretaria Municipal de Saúde atendimento psicológico urgente para a adolescente, mãe da bebê; dados de todos os partos ocorridos no HMP nos últimos seis meses; atestado de óbito e laudo do IML, entre outras informações e documentos.
Além disso, a CEI definiu para segunda-feira, dia 25, os depoimentos das principais personagens do caso: a mãe e a avó da menina. Além delas, outras quatro pessoas serão ouvidas no mesmo dia.
Entenda o caso
Na manhã do dia 21 de fevereiro, K.C.P, de 16 anos, deu entrada no Hospital Municipal de Paulínia para dar à luz a uma menina, que se chamaria E.C.L. Ela estava na quadragésima primeira semana da gravidez e com um centímetro de dilatação. Segundo informações, a adolescente foi induzida ao parto normal, tendo sido submetida a vários exercícios e tomado medicamentos para aumentar a dilatação, que teria subido para 5 centímetros, por volta das 18h.
Cerca de uma hora depois a mãe teve sangramento, a placenta se rompeu e os procedimentos pré-parto foram reiniciados. No entanto, após várias tentativas para a criança nascer de forma natural, verificou-se que ela media cerca de 50 centímetros e pesava quase quatros quilos, incompatíveis com a estrutura óssea da mãe.
Os médicos, então, decidiram realizar uma cesariana, cirurgia necessária nos casos em que um parto vaginal colocaria a mãe ou o bebê em risco. A menina nasceu na madrugada do dia 22, mas acabou morrendo por volta das 8h. Há suspeitas de erro e negligência nos procedimentos médicos adotados.
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