sexta-feira, 22 de março de 2019

Paciente denuncia risco de ficar cego por conta da falta de atendimento na FAV

Manoel Feitosa aguarda desde 2017 para realizar uma cirurgia para complementar um primeiro procedimento realizado também na Fundação Altino Ventura (FAV)

Paciente denuncia demora para fazer a segunda cirurgia
Um homem corre o risco de ficar cego por conta da demora em uma cirurgia que deveria ser realizada na Fundação Altino Ventura (FAV) Em junho de 2017, Manoel Feitosa começou a sentir dificuldades para enxergar. Ao procurar atendimento na FAV, ele foi diagnosticado com um descolamento de retina.
“A médica marcou a cirurgia. Eu fiz no dia 27 de junho de 2017. Ela disse que depois de seis meses era para fazer uma segunda cirurgia e até agora nada”, contou.
Alguns meses após esse tipo de cirurgia, os médicos costumam encaminhar o paciente para outro procedimento, no qual é retirado o óleo de silicone, usado para reparar o problema. No entanto, até hoje, Manoel tenta, mas não consegue marcar essa nova cirurgia. “O que alegam é que não tem vaga. Que o Estado não está soltando verba”, disse.
O oftalmologista Victor Pereira Moura alerta para os perigos da não remoção do óleo de silicone, após a cirurgia de descolamento de retina. “O óleo de silicone pode aumentar a pressão do óleo, causando um glaucoma secundário ou pode haver a emulsificação do óleo, ele altera sua composição e pode aumentar o embasamento da visão”, explicou.

Resposta

Por meio de nota, a Fundação Altino Ventura reconheceu a falta de vagas para atender o paciente e o orientou a procurar outros serviços da rede pública.
Pela excelência dos seus serviços em oftalmologia, a Fundação Altino Ventura tem uma grande procura de pacientes, o que acaba gerando filas de espera e demora no atendimento. Em decorrência dos limites físicos e financeiros da instituição, não há prazo determinado para esse atendimento.
A alternativa ao paciente será a procura pelos serviços de outras instituições conveniadas às Secretarias Estadual e Municipal De Saúde, como o IOR, o Hospital Santa Luzia, o Seope, Centro Médico José Ermírio de Moraes e outros.


















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