A morte do menino João Miguel Albino Paulino, de 6 anos, que entrou nos casos suspeitos de Covid-19, em Mogi Guaçu, pode ter outro desfecho. Isso porque, familiares da criança acreditam em negligência médica. Relatos dão conta de que, no último domingo (26), João Miguel teve dores abdominais e foi levado pelo avô até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Novo II, onde o médico que avaliou João Miguel, o mandou embora para casa sem pedir exames.
De acordo com a família, no dia seguinte, na segunda-feira (27), o menino, que era saudável, apresentou piora nas dores e foi novamente levado até à unidade. No entanto, a família aponta que já era tarde demais, já que a infecção de urina, que não foi constatada por falta de exames, se espalhou pelo corpo de João Miguel que não resistiu e acabou morrendo na última terça-feira (28). A família da vítima não soube explicar como chegou ao diagnóstico de que a criança teria infecção de urina.
A morte da criança entrou como suspeita para Covid-19 e ele foi sepultado na última quarta-feira (29), no Cemitério Santo Antônio. A secretária de Saúde, Clara Alice Franco de Almeida Carvalho, chegou a comentar sobre a morte do menino na última terça-feira. Disse que ele foi atendido com dores abdominais e apresentada tosse e, por esse motivo, a morte dele foi enquadrada como suspeita por Covid-19. A secretária revelou também que exames descartaram morte por pneumonia, mas que outros resultados são esperados nas próximas semanas.
A Gazeta entrou em contato com a Prefeitura para ter um posicionamento sobre a acusação da família de João Miguel, que fala em negligência médica. A Prefeitura preferiu não se manifestar sobre o caso.
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