Foto: Reprodução / Câmara Municipal de Curitiba |
A Saúde informou ontem que vai investigar a morte do paciente Marcos Rogério Ferreira, 58 anos, que morreu na fila de espera por atendimento sábado à tarde na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Fazendinha, em Curitiba.
Segundo a prefeitura, o homem deu entrada na unidade por volta das 16h40 com queixa de dor no estômago (desconforto gástrico) e a avaliação de triagem apontou o quadro clínico classificado no eixo verde, ou pouco urgente.
O paciente teria esperado por três horas sob vários pedidos de atendimento pela família, segundo declarou a irmã de Marcos à RPC TV. A prefeitura afirma que o homem foi atendido aproximadamente uma hora depois de dar entrada, quando teve uma parada cardíaca. “A equipe da UPA imediatamente encaminhou o atendimento mas, infelizmente, não teve êxito na reanimação do paciente, mesmo tendo usado de todo o aparato médico disponível”, diz trecho da nota.
No sábado à tarde, o tempo médio de espera para atendimento na UPA Fazendinha, para casos não urgentes, era de duas horas, de acordo com a secretaria. A prefeitura agora aguarda o laudo com a causa da morte do IML (Instituto Médico Legal) e vai investigar o caso por meio de um processo interno.
Marcos Rogério Ferreira foi velado e sepultado ontem de manhã no cemitério Água Verde.
Histórico
Nos últimos dois anos, outros dois pacientes morreram na mesma unidade em situações semelhantes. Em junho de 2015, Maria da Luz Chagas dos Santos chegou ao local com fortes dores no peito e ficou por mais três horas esperando por um médico.
Sem atendimento, saiu para comprar remédio com o marido na farmácia em frente à UPA e morreu na calçada.
A sindicância feita na época concluiu que os dois enfermeiros que atuaram no caso agiram com negligência e imperícia. Um deles foi indiciado por homicídio culposo.
Já em agosto do ano passado, o idoso Pedro Humberto Dias só foi atendido quando caiu inconsciente, e morreu após duas paradas cardíacas.
Veja na íntegra a nota da Prefeitura de Curitiba
O paciente Marcos Rogério Ferreira, 58 anos, deu entrada por volta de 16h40 Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Fazendinha com queixa de dor no estômago (desconforto gástrico). A avaliação apontou o quadro clínico classificado no eixo verde (pouco urgente) do Protocolo de Manchester. Após cerca de uma hora de espera para o atendimento o paciente acabou por ter uma parada cardíaca. A equipe da UPA imediatamente encaminhou o atendimento mas, infelizmente, não teve êxito na reanimação do paciente, mesmo tendo usado de todo o aparato médico disponível. Marcos Rogério Ferreira veio a falecer na própria Unidade de Pronto Atendimento.
O caso será investigado e a causa da morte apurada após o laudo do Instituto Médico Legal. O tempo médio de espera para atendimento na UPA Fazendinha, para casos não urgentes, na tarde de sábado era de 2 horas.
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