Na cartilha do SUS da criança, a data de previsão do parto do bebê era dia 15 de abril
Maternidade Maria Amélia Buarque de Holanda |
A Polícia Civil investiga a causa da morte de um bebê, ainda na
barriga da mãe, na Maternidade Maria Amélia Buarque de Holanda, no
Centro da Cidade.
A família de Letícia dos Santos Alves, que estava com 41 semana de
gestação, denuncia que por negligência do hospital, o bebê acabou
morrendo. Os médicos ficaram adiando o exame de ultrassom e colocando
casos que consideravam mais graves na frente e quando foram monitorar os
batimentos cardíacos da criança, verificaram que o bebê estava morto.
O pai do pequeno Heitor, que já estava com 10 meses, Carlos Sodré,
explica que levou a esposa à unidade na última segunda-feira (21), e os
médicos informaram que ela precisava realizar um exame de ultrassom para
decidir se seria feito uma cesárea ou indução do parto, mas a unidade
estava sem máquinas suficientes.
Na cartilha do SUS da criança, a data de previsão do parto do bebê era dia 15 de abril.
Letícia foi internada na segunda-feira (22), e no dia seguinte passou
por duas cardiotocografias que mostraram boas condições de saúde do
feto. Na quarta-feira (24), a cardiotocografia realizada na paciente
constatou ausência de batimentos cardiofetais, acusando a morte do feto,
que foi confirmada por uma ultrassonografia feita imediatamente após a
suspeita clínica.
O obstetra e especialista em medicina fetal, Dr. Heron Werner,
explica que para uma gestante com 41 semanas fica muito difícil falar da
vitalidade do bebê sem um exame de ultrassonografia associado.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que o exame de ultrassom não
se mostrou necessário antes, pois os resultados das cardiotocografias
mostravam que o feto estava vivo. A pasta ainda afirmou que a causa da
morte será apurada.
A declaração de óbito feita pelo hospital informa que o fato morreu por insuficiência placentária.
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