Problemas vão desde camas enferrujadas até vaso sanitário sem assento; diagnósticos imprecisos também são alvo de queixas.
População sofre com superlotação em Hospital Municipal de Americana |
Pacientes do Hospital Municipal Waldemar Tebaldi, em Americana (SP),
denunciam as condições precárias na infraestrutura do centro médico,
além de relatarem a falta de precisão no diagnóstico informado pelos
profissionais do complexo. Nas imagens, enviadas pela esposa de um dos
pacientes à EPTV, afiliada da TV Globo, é possível
observar uma série de falhas no local. A Prefeitura alega que estrutura
mais antiga dá a "impressão de sujeira".
O teto do hospital apresenta áreas sem forro, além de lâmpadas queimadas
e fios desprotegidos em uma das paredes. Nos quartos, mais problemas. O
chão não possui piso em diversos pontos e camas enferrujadas dividem
espaço com os pacientes, além de paredes feitas de isopor.
Falta de estrutura gera reclamação de pacientes no Hospital Municipal de Americana (SP) — Foto: Reprodução/EPTV |
A situação dos banheiros também chama atenção. Em um deles, a parede
carece de azulejos e há infiltração no teto, o que gerou mofo. Já em
outro, além da falta de assento no vaso sanitário, falta limpeza. Um
aviso improvisado ainda pede para que os pacientes sequem o local após a
utilização.
Aviso improvisado pede para que pacientes sequem o banheiro após utilização — Foto: Reprodução/EPTV |
Diagnóstico impreciso
Outra situação enfrentada pelos enfermos do hospital é a falta de
precisão no diagnóstico. Raquel de Souza comenta que o marido, Junior
Cesar, internado há oito dias, ainda não sabe com qual patologia está.
"Ele entrou na segunda-feira (8) com sintomas de meningite, aí fizeram os exames e descartaram", recorda Raquel.
No sábado (13), porém, um dos médicos voltou a diagnosticar a doença,
desta vez classificada como meningite neurológica. E não parou aí.
Paciente recebeu diagnósticos diferentes durante os oito dias em que permanece internado — Foto: Reprodução/EPTV |
"Hoje de manhã passou o doutor [...] e disse que ele não está com meningite nenhuma [...], e disse que ele está com pneumonia", relata.
"Cortaram todos os medicamentos dele e agora ele está morrendo de dor de cabeça, não consegue ficar em pé".
Outra situação preocupante, segundo Raquel, é o fato do esposo possuir mais de 1,90 m e não caber no leito, agravando as dores.
Teto de um dos banheiros apresenta mofo devido à infiltração — Foto: Reprodução/EPTV |
O que diz a Prefeitura?
Em nota, a administração municipal de Americana, responsável pela
gestão do hospital, alega que o local foi inaugurado na década de 1980 e
que, desde então, o complexo passa por reformas, mas que as alas mais
antigas "dão a impressão de sujeira" devido aos pisos desgastados.
O Executivo afirma ainda que um novo pronto-socorro deve ser
construído, a fim de proporcionar mais espaço e conforto aos pacientes. A
data em que as obras devem iniciar, no entanto, não foi informada.
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