sábado, 20 de abril de 2019

Pacientes denunciam descaso no Hospital de Americana; 'impressão de sujeira', diz Prefeitura

Problemas vão desde camas enferrujadas até vaso sanitário sem assento; diagnósticos imprecisos também são alvo de queixas.

População sofre com superlotação em Hospital Municipal de Americana

Pacientes do Hospital Municipal Waldemar Tebaldi, em Americana (SP), denunciam as condições precárias na infraestrutura do centro médico, além de relatarem a falta de precisão no diagnóstico informado pelos profissionais do complexo. Nas imagens, enviadas pela esposa de um dos pacientes à EPTV, afiliada da TV Globo, é possível observar uma série de falhas no local. A Prefeitura alega que estrutura mais antiga dá a "impressão de sujeira". 

O teto do hospital apresenta áreas sem forro, além de lâmpadas queimadas e fios desprotegidos em uma das paredes. Nos quartos, mais problemas. O chão não possui piso em diversos pontos e camas enferrujadas dividem espaço com os pacientes, além de paredes feitas de isopor.  
Falta de estrutura gera reclamação de pacientes no Hospital Municipal de Americana (SP) — Foto: Reprodução/EPTV
A situação dos banheiros também chama atenção. Em um deles, a parede carece de azulejos e há infiltração no teto, o que gerou mofo. Já em outro, além da falta de assento no vaso sanitário, falta limpeza. Um aviso improvisado ainda pede para que os pacientes sequem o local após a utilização.
Aviso improvisado pede para que pacientes sequem o banheiro após utilização — Foto: Reprodução/EPTV

Diagnóstico impreciso

Outra situação enfrentada pelos enfermos do hospital é a falta de precisão no diagnóstico. Raquel de Souza comenta que o marido, Junior Cesar, internado há oito dias, ainda não sabe com qual patologia está. 

"Ele entrou na segunda-feira (8) com sintomas de meningite, aí fizeram os exames e descartaram", recorda Raquel. 

No sábado (13), porém, um dos médicos voltou a diagnosticar a doença, desta vez classificada como meningite neurológica. E não parou aí.  
Paciente recebeu diagnósticos diferentes durante os oito dias em que permanece internado — Foto: Reprodução/EPTV

"Hoje de manhã passou o doutor [...] e disse que ele não está com meningite nenhuma [...], e disse que ele está com pneumonia", relata. 

 "Cortaram todos os medicamentos dele e agora ele está morrendo de dor de cabeça, não consegue ficar em pé". 

Outra situação preocupante, segundo Raquel, é o fato do esposo possuir mais de 1,90 m e não caber no leito, agravando as dores. 
Teto de um dos banheiros apresenta mofo devido à infiltração — Foto: Reprodução/EPTV

O que diz a Prefeitura?

Em nota, a administração municipal de Americana, responsável pela gestão do hospital, alega que o local foi inaugurado na década de 1980 e que, desde então, o complexo passa por reformas, mas que as alas mais antigas "dão a impressão de sujeira" devido aos pisos desgastados. 

O Executivo afirma ainda que um novo pronto-socorro deve ser construído, a fim de proporcionar mais espaço e conforto aos pacientes. A data em que as obras devem iniciar, no entanto, não foi informada. 

G1 
 







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