quinta-feira, 25 de abril de 2019

Pronto-socorro "Álvaro Azzuz": usuários pedem socorro

Fotos mostram situação precária. Secretário admite problema

Os pacientes que vão até o Pronto-socorro Municipal ainda correm o risco de se machucarem nas cadeiras sem encosto | Foto: WhatsApp

Cadeiras quebradas, lâmpadas queimadas, banheiros em manutenção, infiltrações, baratas, demora no atendimento e descaso dos médicos plantonistas. Assim foi definida a situação do Pronto-socorro "Álvaro Azzuz" por usuários sobre o atendimento recebido no último final de semana. E essa não é a primeira vez que denúncias são feitas sobre a unidade de atendimento. 

Um dos pacientes deixou claro que servidores públicos como enfermeiros e atendentes são atenciosos e se esforçam para prestar o melhor atendimento possível. Porém, o mesmo não pode ser dito sobre alguns médicos e as condições do prédio. "Alguns profissionais não dão bola para os problemas dos pacientes, que ficam horas esperando por um atendimento em um lugar que não tem estrutura para nos atender", denunciou. 

Outra paciente que precisou de atendimento por ter passado mal foi mais enfática. "O descaso com a nossa saúde é evidente desde a hora que a gente entra e se depara com essa situação precária até na hora de ser atendido."

Negligência médica
 
Os pacientes que foram atendidos no sábado e no domingo também reclamaram sobre o atendimento médico. Segundo eles, os médicos plantonistas ficam mexendo no celular durante o período que deveriam estar prestando atendimento. Eles alegam que esse tipo de situação ocorre no PS e nas UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Aeroporto e do Jardim Anita.

O secretário de Saúde José Conrado Netto confirmou esse problema dos médicos e disse já estar verificando as denúncias feitas a respeito desse descaso. "Temos alguns relatos que os médicos utilizam os celulares como ferramenta para buscar alguma informação. Mas já fizemos circulares e estamos tomando as devidas medidas quanto ao uso dos aparelhos nos horários de trabalho”.

Netto desconversou sobre os problemas em relação aos assentos e o prédio. Inicialmente, ele disse que foram realizadas algumas medidas e manutenções pontuais, como instalação de mais cadeiras e trocas de algumas lâmpadas. Depois, disse que verificaria a situação. “Vamos ver o que está acontecendo e no que já podemos resolver, como as trocas de cadeiras quebradas, lâmpadas e manutenções dos banheiros”.

O secretário alegou que outras medidas serão feitas, mas não deu nenhum prazo para isso. “Já temos um projeto e orçamentos sobre a adaptação e melhorias na estrutura do prédio, inclusive nos forros para evitar infiltrações. Estamos aguardando apenas a aprovação e abertura de uma licitação”, explicou, sem dar detalhes de valores da eventual reforma.


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