sexta-feira, 26 de abril de 2019

Pacientes com leucemia sofrem com a falta de medicamentos no Hemorio

Ministério da Saúde, responsável pelo fornecimento da unidade, afirmou que houve um problema jurídico com a empresa, mas que compra foi feita. Criança usa sobras de remédios para não interromper tratamento.

Pacientes com leucemia sofrem com a falta de medicamento que é essencial para a continuidade do tratamento. O Ministério da Saúde, que fornece o remédio, parou de fazer os repasses para o Hemorio, que não conta mais com as caixas de imatinibe no estoque.

Cada caixa do medicamento custa R$ 10 mil e dá para um mês. O irmão de Luiz Santos passa pelo tratamento contra leucemia e não recebeu o remédio.

“A família fica naquela angústia se vai ter remédio amanhã. Meu irmão está há seis anos com leucemia. Nunca teve problema e agora, no início de abril, recebeu a notícia da farmácia de que o remédio está em falta e que não tinha previsão de chegada”, explicou Luiz.

Mães de crianças que tratam a doença também contam que não conseguem o remédio e que, em alguns casos, estão usando a sobra dos medicamentos de outros pacientes.

Maria Gabriela Greco, da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), destaca que a falta do remédio pode agravar o quadro de saúde. “Isso pode causar até o óbito”, complementou.

O Ministério da Saúde afirmou que houve um problema jurídico com a empresa que fornece esse medicamento, mas que a compra já foi feita e que o prazo para distribuição está normalizado, até o dia 21 de abril. 


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