Escala previa quatro profissionais, mas apenas dois estavam disponíveis nesta quinta-feira
Porteiros também não se apresentaram e alegam falta de pagamento há três meses |
Em vez de quatro médicos atendendo pacientes adultos, como previa a
escala, o Pronto Atendimento da Bom Jesus, em Porto Alegre, operou com
dois profissionais, na tarde desta quinta-feira. O Postão, que mantém um
contrato terceirizado para o fornecimento de pessoal da área médica,
virou alvo de queda de braço entre a Secretaria Municipal da Saúde (SMS)
e o Sindicato dos Municipários (Simpa), desde a semana passada, quando a
prestadora atual assumiu o serviço.
Em nota emitida na noite desta quinta, a SMS negou que tenha havido
restrição de atendimento, mas admitiu “falta de fornecimento de RH” por
parte da cooperativa que fornece o serviço médico complementar. A Pasta
garantiu, ainda, que notificou a prestadora e que “a reincidência de
notificações pode gerar rescisão e até inabilitar a empresa para
participar de outros certames”.
No comunicado, a SMS também deixa claro que o atendimento de
pediatria seguiu normalmente, com três médicos durante o dia, e que,
entre a noite e a madrugada, o Postão vai operar com escala completa.
Mais cedo, a direção do Simpa visitou o local e também emitiu nota,
citando o relato de funcionários concursados do Posto. O sindicato
sustenta que a cooperativa Competência, que ganhou a concorrência para
fornecer a equipe médica, “está com problemas para fechar as escalas” e
“parece não ter condições de assumir o serviço”.
A troca de prestadora ocorreu em 10 de abril, dias antes de a
Prefeitura anunciar um edital para conceder, por completo, à iniciativa
privada, a gestão dos PAs da Bom Jesus e da Lomba do Pinheiro, ambos na
zona Leste. No primeiro, o fim do contrato com a empresa Atena provocou
guerra de versões entre o Simpa, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul
(Simers) a SMS sobre o atendimento prestado na Bom Jesus.
De acordo com a Prefeitura, o objetivo da gestão terceirizada é ampliar os atendimentos, qualificar a estrutura e aumentar a cartela de exames, como determina o Ministério da Saúde. Já os quase 200 servidores públicos lotados nos dois Postões devem ser remanejados para o PA da Cruzeiro e para o Hospital de Pronto Socorro (HPS).
Na visita feita nessa tarde à Bom Jesus, o Simpa também relatou que os porteiros não compareceram ao trabalho. A categoria alega atraso de três meses no pagamento dos salários por outra empresa, também terceirizada. Consultada, a SMS negou que o município tenha débitos com a prestadora, mas informou que ela “não apresentou toda a documentação exigida pela legislação”, o que impede a realização dos repasses.
Correiodopovo
De acordo com a Prefeitura, o objetivo da gestão terceirizada é ampliar os atendimentos, qualificar a estrutura e aumentar a cartela de exames, como determina o Ministério da Saúde. Já os quase 200 servidores públicos lotados nos dois Postões devem ser remanejados para o PA da Cruzeiro e para o Hospital de Pronto Socorro (HPS).
Na visita feita nessa tarde à Bom Jesus, o Simpa também relatou que os porteiros não compareceram ao trabalho. A categoria alega atraso de três meses no pagamento dos salários por outra empresa, também terceirizada. Consultada, a SMS negou que o município tenha débitos com a prestadora, mas informou que ela “não apresentou toda a documentação exigida pela legislação”, o que impede a realização dos repasses.
Correiodopovo
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