terça-feira, 23 de junho de 2020

"Pai de bebê denuncia possível negligência de enfermeiras em hospital de Pitanga"


Uma denúncia assinada pelo pai de um bebê com cinco meses de idade correu as redes sociais neste final de semana. Anderson Rodrigues reclama da negligência de enfermeira que injetou medicamento no soro que o seu filho recebia, sem perceber que a agulha estava fora da veia, provocando inchaço e hematomas na criança. O bebê estava internado por causa de uma pneumonia e com suspeita da  gripe H1N1.

"“Me sinto indignado em ter que tirar meu filho do hospital de Pitanga e levá-lo para um hospital em Ivaiporã,onde tem médicos e enfermeiros mais preparados”, disse Anderson no seu perfil no Facebook.

"A indignação também é contra a atitude um médico pediatra que, segundo Anderson, cobrou R$ 120 pela primeira consulta realizada na madrugada e mais R$ 100 às 10h00 pela visita feita ao bebê no hospital. “Peço a Deus que nenhum dos meus filhos nunca mais precisem de pediatra aqui nesta cidade [Pitanga]. Resumo da história:  meu filho ficou internado no hospital São Vicente na cidade de Pitanga das 03h00 às 11h00 [isso porque eu mesmo o tirei do hospital] e me cobraram  R$ 395,00! Vergonha”! desabafou.

Na manhã desta segunda (16), o diretor financeiro do Hospital São Vicente de Paulo, Antônio Carlos Prol Medeiros, o gerente de enfermagem Thiago Neuls e o auxiliar administrativo Laércio dos Santos Loche reuniram-se com  Anderson para ouvi-lo.

Durante a conversa, o gerente de enfermagem Thiago Neuls admitiu que com crianças, sempre se corre esse risco em não  perceber que o acesso da bomba de infusão, que leva o soro glicosado, para hidratar a criança, até a corrente sanguínea, às vezes escapa da veia. Ele comentou que acredita que a enfermeira realizou a punção de forma correta, mas, como geralmente acontece em criança, a agulha escapou da veia. “Acredito que no momento da punção o andamento da infusão foi normal, senão a bomba não teria iniciado o processo de infusão, mas, posteriormente, devido a possíveis movimentos da criança, "ou ainda, se dormiu em cima do braço, a agulha deve ter escapado”, observa..

Thiago Neuls comentou que as técnicas em enfermagem, tanto a que realizou a punção como a que deu prosseguimento aos procedimentos, tem experiência, sobretudo, no setor de pediatria. “Não foi uma questão de falta de experiência ou técnica, foi uma falha, que não deve acontecer, mas todo mundo está sujeito”. O gerente de enfermagem descartou a possibilidade de uma consequência mais grave, já que a criança somente  recebia soro glicosado.

Em relação a providências, ficou definido que as profissionais que atenderam a criança serão ouvidas, para saber da "parte delas o que houve, mas, ainda, haverá uma reunião com toda a equipe de enfermagem e, inclusive, um treinamento no manejo da bomba de infusão, para que os erros sejam evitados. A criança internada estava com suspeita de H1N1 e foi retirada do hospital a pedido de Anderson Rodrigues. Segundo informações do próprio pai, a criança ficou internada no hospital de Ivaiporã, município a 70 quilômetros de Pitanga, e recebeu alta no domingo (15).


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