O Conselho Regional de Medicina (CRM) realizou a interdição ética da Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) no final da tarde desta terça-feira (20). Com a medida, as pacientes de baixa e média complexidade serão encaminhadas para outras maternidades da capital.
A presidente do CRM, Mirian Palha Dias, esteve na maternidade conversando com a direção e informando que a unidade de saúde terá 60 dias para resolver as irregularideds detectadas pelo Conselho. Dentre elas, a superlotação, falta de insumos, antibióticoos, dentre outros materiais.
"É importante chamar atenção da população que não deve vir espontaneamente para a maternidade, pois ela não vai ser atendida. A paciente deve procurar uma maternidade de seu bairro e de lá ela vai ser regulada para a maternidade".
Segundo o CRM, de janeiro até agora mais de 200 bebês morreram na maternidade. A porta da maternidade já tem a sinalização de interditada.
"Somente os casos regulados pelo sistema do município e Estado podem ser atendidos", disse.
Segundo a presidente, aumentou em 100% a mortalidade de bebês entre os meses de setembro e outubro. De acordo com ela, a MDER registrou 14 mortes em setembro e 29 em outubro. Ela lembrou que este ano houve o um indicativo de interdição e a Secretaria de Saúde não avançou para resolver as irregularidades apontadas como a superlotação e falta de medicamentos essenciais.
"A interdição vai desafogar a maternidade e priorizar o serviço de alta complexidade", explicou.
Ainda de acordo com a presidente, 50 médicos atendem na maternidade. "Eles ficam proibidos de fazer atendimento de baixa e média complexidade sobre risco de responder a processo ético-administrativo", disse Mirian Palha Dias.
A direção da maternidade irá divulgar nota sobre a interdição ética.
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