quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Pais de criança morta após várias consultas aguardam sindicância sobre negligência em Rio Claro

Manuelly morreu de pneumonia em dezembro de 2017, quando tinha 1 ano e 5 meses.

Pais de bebê que morreu após vários atendimentos aguardam resultado de sindicância
Há quase um ano, os pais de uma menina de 1 ano e 5 meses morta após passar por cinco atendimentos médicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e de um médico particular de Rio Claro (SP) aguardam o resultado da sindicância que apura se houve negligência médica no caso de sua filha.

Manuelly Caroline Borges Fávaro morreu em dezembro de 2017, após os pais a levarem nas UPAs bairro Cervezão e da Avenida 29 por quatro vezes em uma semana. O atestado de óbito constatou problemas cardíacos, insuficiência respiratória e pneumonia extensa.

Segundo o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), a sindicância está em fase de apuração e coleta de provas, podendo levar até cinco anos para conclusão sobre a conduta dos médicos.

A Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro informou que os processos seguem os trâmites e prazos estabelecidos por lei e que vai divulgar os resultados assim que concluir a apuração.

Família de Manuelly aguarda há onze meses sem respostas

Revolta


O pai de Manuelly, Ben Hur Fávaro Borges, afirma que a morte da filha é revoltante, pois cada médico deu um diagnóstico diferente.

"Você levar uma criança e as pessoas empurrando de uma para outra, dando medicação forte e ela ter parada cardíaca é revoltante", afirmou.

O pai afirma que a filha sempre foi saudável e que o corpo não passou por autópsia. Ele disse ainda que a prefeitura havia dito que a família iria acompanhar a apuração do caso, mas 11 meses depois não teve notícias.
Manuelly passou diversas vezes por atendimentos nas UPAs do bairro Cervezão e da Avenida 29 em Rio Claro

Outros casos


Em março deste ano outras duas crianças morreram na UPA da Avenida 29. Rebeca Luiza Ribeiro dos Santos, de 1 ano e 10 meses, após ser atendida e liberada duas vezes e Marcelo Adiel Filho, de 5 anos, após atendimento e internação.

Após as mortes, a prefeitura trocou funcionários do setor administrativo, enfermeiros e médicos.

Investigação


A Secretaria de Segurança Pública informou que já relatou o caso de Manuelly para a Justiça e que nos casos de Rebeca e de Marcelo as invetigações continuam e que já comunicou oficialmente o Cremesp pra apurar possível negligência médica.

O Cremesp disse que as sindicâncias correm dentro dos prazos estabelecidos no código de ética e que, dependendo dos resultados, vai abrir um processo ético-profissional contra os envolvidos.





















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