Um recém-nascido de 16 dias morreu na Maternidade Albert Sabin, no bairro de Cajazeiras, e a mãe dele, a bombeira civil Ana Carla Santos, de 31 anos, alega que houve negligência médica.
A mulher conta que o bebê passou mal ao receber alimentação artificial, ficar cerca de uma semana sem fazer cocô e depois vomitou fecalóide, uma secreção parecida com fezes, que foi aspirada pela criança.
Ana relatou que sonhou e planejou ter o primeiro filho, Enzo Gabriel Ferreira dos Santos. Ela já havia passado por outra gestação, mas o bebê morreu ainda na barriga, aos sete meses.
Na gravidez de Enzo, Ana montou o berço e o enxoval mas voltou da maternidade sem o filho nos braços. Ana disse que fez pré-natal e o parto foi com 40 semanas. Enzo nasceu no dia 5 de setembro, saudável, pesando 3,5 kg.
"Ele nasceu saudável, perfeito, gordo, bonito. Os médicos falavam: que bebezinho lindo", disse Ana.
A bombeira civil contou que ficou sem leite e Enzo precisou ser alimentado com leite artificial. Foi depois disso que o bebê passou mal, ficou sem fazer coco e com a barriga inchada.
"Quando a barriguinha dele começou a crescer eu percebi e falei: 'doutora a barriga do meu filho está crescendo'. E ela sempre falava: 'mãe, a barriga dele é normal está perfeito o intestino. Não se preocupa que ele está bem'", disse Ana Carla.
Apesar das percepções e alertas da mãe, o bebê não apresentava melhoras. A situação piorou quando o recém-nascido vomitou fecalóide, uma secreção parecida com fezes. Enzo aspirou parte do que vomitou e pegou uma infecção.
O bebê foi transferido para UTI do Hospital José Maria de Magalhães Neto, mas no dia 21 de setembro, dezesseis dias depois do parto, não resistiu e morreu.
“Ele morreu, praticamente, na minha frente. Quando enterrei meu filho e vi ele ali no chão eu disse: ‘Filho eu vou ficar forte até o último minuto da minha vida porque eu vou lutar para fazer justiça pela sua vida. Não só pela tua, mas por todos aqueles que entram e não voltam. Eu vou fazer justiça. As vezes acordo ouvindo o chorinho dele, mas ele não está aqui comigo”, lamentou.
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde do Estado Sesab), que administra a maternidade, confirmou que, ao nascer, Enzo Gabriel, era uma criança normal e saudável, e que evoluia normalmente, mas depois apresentou um quadro clínico grave e foi internado na unidade de cuidados intensivos neonatal.
Como não melhorava, o bebê foi transferido para a UTI neonatal da maternidade José Maria de Magalhães. Na unidade de saúde, os médicos desconfiaram de obstrução intestinal, mas que antes de fechar o diagnóstico, o bebê faleceu por sepse, que é chamada popularmente de infecção generalizada.
A mãe da criança, Ana Carla, disse que registrou o caso na 13º Delegacia, que fica em Cajazeiras. As circunstâncias da morte do recém-nascido serão investigadas pela Polícia Civil.
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