Evento foi promovido pelo Conselho em parceria com o curso de Medicina da instituição em Curitiba
80 alunos participaram do julgamento simulado promovido pelo CRM-PR na PUC (Foto: CRM-PR) |
Um suposto mau procedimento pediátrico foi o caso debatido em julgamento simulado promovido pelo CRM-PR, nesta sexta-feira, 19, em Curitiba. O evento foi realizado na PUCPR, em parceria com o curso de Medicina da instituição, e contou com 80 participantes.
Os estudantes puderam ver na prática como ocorrem as denúncias, como se instaura um processo, as etapas que ele envolve e os tipos de penas disciplinares aplicáveis aos médicos que infringem o Código de Ética. O caso analisado foi um erro de prescrição, no qual o médico ministrou a uma criança cinco gramas de um medicamento, sendo que deveria ter sido receitado apenas cinco miligramas. O paciente não ficou com sequelas, mas em decorrência dessa má administração do medicamento, chegou a ser internado na UTI.
De acordo com o advogado Martim Afonso Palma, assessor jurídico do CRM-PR e que atuou na defesa do "médico" durante o julgamento simulado, esse caso foi escolhido para mostrar a importância de se fazer uma receita clara, legível e manter uma boa comunicação com o paciente para evitar esse tipo de erro.
Além do advogado, conselheiros do CRM também fizeram parte do corpo de júri. O corregedor-geral, Maurício Marcondes Ribas, presidiu a sessão e também explicou brevemente quais são e como funcionam as penalizações para médicos. A acusação ficou a cargo do professor e médico Eduardo Murilo Novak, agora também conselheiro do CRM-PR. O relator foi o secretário-geral do Conselho, Luiz Ernesto Pujol e a revisora foi a conselheira Marília Cristina Milano Campos de Camargo.
Ao final da sessão, o Dr. Pujol dedicou alguns minutos para falar sobre a importância de não limitar o ensino da Medicina à técnica, ressaltando o caráter humano do ofício. Além disso, destacou aos estudantes que a função do médico é cuidar e se interessar genuinamente pelos pacientes, sendo esse um fator essencial para a prática ética da profissão.
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