Caso foi registrado como lesão corporal culposa; marido alega que enfermeira não deixou que ele acompanhasse a esposa, que estava com convulsão. Paciente foi achada caída com ferimentos no rosto e com dois dentes quebrados.
Mulher fica ferida por estar sem acompanhante em hospital de Itapetininga |
A família da moradora de Itapetininga (SP) Marisa Rosa Vieira de Oliveira registrou boletim de ocorrência na delegacia contra o hospital Léo Orsi Bernardes alegando negligência. Segundo a Polícia Civil, o caso está sendo investigado como lesão corporal culposa.
Em entrevista à TV TEM, o marido da paciente, Jurandir Nunes de Oliveira, afirmou que Marisa sofre convulsões desde 2005 e na noite de quinta-feira (7) teve mais uma crise. Ele foi até o pronto-socorro e solicitou para a enfermeira que acompanhasse a mulher no atendimento.
"Eu tenho muito receio de deixar ela sozinha porque ela toma muitos remédios e pedi para entrar. Mas nada de deixarem", afirma.
Família denuncia hospital de Itapetininga por negligência após paciente ficar ferida |
Mesmo com a entrada da esposa ao pronto-socorro, Jurandir afirma que desconfiou da qualidade do atendimento e decidiu ver se ela estava bem. Foi em uma das janelas que ele enxergou a sala de raio-x e viu a esposa dele caída no chão.
Família denuncia hospital em Itapetininga por negligência após paciente ficar ferida |
O homem ainda afirma que a esposa estava sangrando. Mesmo sem ser autorizado, o marido entrou para ajudar a esposa e, segundo ele, só depois as enfermeiras prestaram socorro.
Marisa Rosa Vieira de Oliveira afirma que não lembra do que aconteceu e lamenta que tenha ficado ferida.
Hospital Dr. Léo Orsi Bernardes em Itapetininga |
Um boletim de ocorrência foi registrado pelo casal e o caso está sendo investigado.
A irmandade Santa Casa de Sorocaba (SP) assumiu a administração do hospital no fim de outubro do ano passado. A promessa dos novos gestores era de um atendimento mais humanizado.
A reportagem da TV TEM entrou em contato com a assessoria de imprensa do hospital, que afirmou que a prioridade continua sendo o paciente e o atendimento humanizado e que os funcionários passam por treinamentos e orientações constantemente.
Segundo o hospital, uma prova disso é o aumento de avaliações positivas sobre o atendimento.
Sobre o caso, o hospital afirmou que Marisa teve uma convulsão enquanto esperava pelo exame de raio-x e por isso caiu da cadeira, e que ela não estava sozinha, que havia enfermeiros e outros pacientes por perto.
O hospital disse também que só é permitido o acompanhamento de parentes quando o paciente é menor de 12 anos ou idoso. Mas que de qualquer forma vai continuar investigando o caso e que se for comprovada alguma conduta equivocada de algum funcionário uma punição vai ser aplicada.
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