A profissional nega, mas Sesau apura o caso
Fachada da UPA Coronel Antonino. |
A denúncia de uma mãe sobre o descaso no atendimento de saúde em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Campo Grande gerou muitos compartilhamentos nas redes sociais. A fotógrafa Evelyn Moquiuti denuncia negligência de uma médica na UPA Coronel Antonino, mas a profissional desmente a versão. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) apura o caso e ressalta que criança não ficou sem atendimento.
Conforme o relato de Evelyn, tudo aconteceu no sábado (9), quando ela procurou atendimento na UPA para Caio, de um ano e meio. Os sintomas eram vômitos e desidratação, mas após duas horas e meia de espera, a médica teria assinado na ficha que a chamada não tinha sido atendida. A médica pediu que Evelyn fosse para o fim da fila com o filho e aguardasse novamente pela sua vez.
“Me retirei daquela sala, me sentindo um lixo, eu, toda vomitada, com meu filho fraco em minhas mãos, ela teve essa coragem. Sim, ela teve! Aguardei a vez do meu filho, como ela solicitou”, conta.
A fotógrafa afirma que foi maltratada pela profissional, que teria se recusado a atender o menino e encaminhou o caso para os cuidados de outro médico da unidade. Segundo Evelyn, foi preciso fazer uma nova ficha, passar novamente pela triagem e aguardar pelo atendimento de outro médico. Quando enfim foi atendido, o médico afirmou que Caio estava muito desidratado e que a situação precisava de cuidados.
“Quando meu filho foi atendido, a médica (outra) ficou pasma e preocupada com meu filho, disse que ele estava super desidratado e ele ficou na sala de observação tomando soro. Tenho muitas testemunhas, na qual tive que realizar outra ficha porque a madame médica se recusou a atender meu filho”.
O outro lado
Em nota, a Sesau afirma que está ciente do caso e que orientou a mãe da criança a formalizar denúncia na Ouvidoria para que seja aberto um processo administrativo e sindicância para apuração dos fatos. À Sesau, a médica contou outra versão da história.
“Consta no relato da profissional que a mãe não teria respondido a primeira chamada e em posteriormente entrou na sala já bastante exaltada e insultou a profissional, sendo a mesma orientada a aguardar o atendimento de um outro médico, uma vez que a referida profissional não tinha conhecimento do histórico da criança. Diante da negativa a mãe teria se exaltado ainda mais e insultou a profissional novamente”, disse a Secretaria.
A Sesau aponta que a situação está sendo apurada, mas ressalta que a criança não ficou sem atendimento. “Orientamos também que a denúncia seja feita junto ao Conselho Regional de Medicina uma vez que a mesma decorre de conduta disciplinar”, disse.
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