domingo, 9 de junho de 2019

Família acusa médico da UPA de negligência por morte de bebê

A família da bebê Agatha Rayssa Sartori Pereira, de um ano e oito meses, acusa de negligência um médico da rede municipal. O profissional atendeu a criança na UPA (Unidade Pronto Atendimento) da Vila Rezende e teria ignorado o encaminhamento para internação e exames dado por uma médica, da mesma unidade. A garota morreu no dia seguinte ao atendimento.

Ontem, familiares e amigos fizeram um manifesto em frente à prefeitura cobrando providências da Secretaria de Saúde.

De acordo com a avó da bebê, Andrea Sartori, a criança começou a apresentar irritação na quinta-feira (30), e foi levada à UPA da Vila Rezende. Lá, uma médica pediu exames de sangue, receitou medicamento e soro e encaminhou a criança para internação.

Andrea contou que no mesmo dia, o médico examinou a criança, mandou a enfermeira tirar o soro, rasgou a guia de internação e disse que a criança estava bem e não precisava de soro, nem internação. “Eu cheguei a discutir com ele, mas não podia fazer nada e fomos embora”, contou. Andrea disse que no dia seguinte voltou à unidade médica com a criança para saber o resultado do exame. “O médico disse que o exame não apontou nada e fomos dispensados”, lembrou. Quando a criança chegou em casa, conta a avó, começou a apresentar incômodo, preocupada a família procurou a UPA da Vila Sônia onde a criança deu entrada direto para a emergência. Minutos depois, a família foi informada da morte de Aghata.

“Se o médico tivesse internado e feito os exames que a médica pediu ela estaria aqui conosco”, lamentou a avó. A família registrou boletim de ocorrência e quer que seja feita justiça. O pedido por justiça estava estampado junto à foto da bebê, na camiseta que o grupo usou na manifestação de ontem.

A Secretaria de Saúde informou ontem, em nota, que tomou todas as providências para a abertura de procedimento administrativo interno visando apurar os fatos e verificar se houve algum erro de conduta médica que possa ter contribuído para o óbito.

Segundo a pasta, análises de corpo de delito do IML (Instituto Médico Legal) declaram que a paciente pode ter tido morte natural. “A Secretaria de Saúde lamenta a fatalidade e se solidariza com seus familiares. Por isso, não poupará esforços a fim de esclarecer a verdade sobre o triste episódio e está à disposição da família de Agatha para quaisquer esclarecimentos.”, informou em nota.



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