segunda-feira, 10 de junho de 2019

Mãe denuncia estupro da filha no Juliano Moreira, hospital reconhece caso, mas revela surpresa com denúncia

A mulher teria levado a adolescente para exames no IPC, no Cristo, e, depois que o resultado confirmou conjunção carnal, a mãe foi até a delegacia de Conde para denunciar o caso.
Em nota, Complexo Juliano Moreira mostra surpresa com a denúncia e diz que as enfermarias feminina e masculina ficam em ambientes separados (Foto: Divulgação)
Uma mãe denunciou à Polícia Civil que a filha de 15 anos teria sido estuprada dentro do Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira, em João Pessoa. Ela relatou que o estupro aconteceu em novembro de 2018. A mulher teria levado a adolescente para exames no Instituto de Polícia Científica (IPC), no bairro do Cristo, e, depois que o resultado confirmou conjunção carnal, a mãe foi até a delegacia de Conde para denunciar o caso, em 3 de dezembro do ano passado.

A mãe relata que a menina foi estuprada por um rapaz que também era paciente do Juliano Moreira, em novembro de 2018. A Delegacia de Infância e Juventude de João Pessoa investiga o caso. O delegado Gustavo Carletto se negou a falar sobre o caso em contato feito pelo ClickPB.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) enviou ao ClickPB nota do Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira sobre o caso. No documento, a instituição se mostra surpresa com a denúncia e diz que as enfermarias feminina e masculina ficam em ambientes separados.

Na mesma nota, o Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira revela que já tinha conhecimento do caso, pois recebeu a mãe da menina em novembro do ano passado, a qual relatou que "sua filha estaria se envolvendo sexualmente com um outro adolescente interno, no período da noite, nas dependências da enfermaria dos adolescentes".
Veja a nota na íntegra.

A Direção Geral do Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira recebe com surpresa, nesta data, a denúncia do suposto estupro sofrido por adolescente internada, neste hospital, em novembro de 2018. Sendo assim, comprometida com a excelência nos serviços de saúde prestados, a direção esclarece que:

1) Recebera em novembro de 2018 a mãe da adolescente, relatando que sua filha estaria se envolvendo sexualmente com um outro adolescente interno, no período da noite, nas dependências da enfermaria dos adolescentes;

2) Desde aquele mês, este hospital não fora procurado pela denunciante ou por qualquer órgão policial ou judicial quanto à investigação de cometimento de crime ou ato infracional semelhante à estupro, frisando que sempre esteve e continua à inteira disposição da sociedade e autoridades para auxiliar nas possíveis investigações decorrentes;

3) Destacamos, igualmente, que, não obstante o teor da denúncia, é importante reforçar que a Enfermaria dos Adolescentes possui assistência durante 24 horas, bem como, os usuários permanecem separados por gênero, estando em enfermarias distintas, sob constante apoio dos profissionais do setor; e

4) Diante da manifestação da mãe, perante a imprensa, nos colocamos, mais uma vez, à inteira disposição, reforçando, desde já, o incremento na assistência daquele setor, determinando, sem prejuízo de outras deliberações, a abertura imediata de sindicância investigativa no âmbito deste hospital, para que sejam esclarecidos os fatos e apurando-se a  responsabilidade de funcionários, a tomada de medidas punitivas pertinentes.




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