quarta-feira, 10 de julho de 2019

Família de bebê de um ano e três meses acusa UPA Tamoios de negligenciar atendimento

O menino está com quadro grave de anemia e infecção intestinal e mesmo assim recebeu alta da unidade



A família do pequeno Kalleb, de apenas um ano e três meses, vive um verdadeiro drama e uma romaria pelo Sistema Único de Saúde para salvar a vida do bebê. Há mais ou menos um mês ele vem apresentando sintomas de diarreia e vômitos. O primeiro recurso foi à UPA Infantil de São Pedro da Aldeia, onde foi aconselhado retirar o leite por 15 dias e entrar com medicação. Depois disso, o quadro foi piorando e a família acabou levando o pequeno, quase que diariamente, para o Hospital de Rio das Ostras. Usar a rede pública de saúde, em Cabo Frio, sempre foi considerada a “última opção” dos familiares.

Acontece que na última sexta-feira (06/07) o menino entrou em convulsões e foi levado às pressas para a UPA de Tamoios. A partir daí o drama da família de Kalleb só aumentou. No mesmo dia foram feitos exames que constataram forte anemia, infecção intestinal e princípio de pneumonia. “No sábado, na troca de plantão, fizeram pouco caso do quadro de saúde dele. E chegaram a dizer que o menino poderia ser medicado em casa. Eu resolvi manter ele internado porque sabia que a tendência era a situação piorar. E foi o que aconteceu no domingo, quando os exames foram refeitos e os quadros de anemia e infecção haviam se agravado”, conta a mãe Lara Vitória da Silva Mendes, de 20 anos.

Nessa segunda-feira (08/07), segundo a família, o atendimento médico da UPA continuou negligenciando o atendimento. Segundo Lara Vitória, a transferência para o Hospital da Mulher foi negada por três vezes e a médica de plantão acabou dando alta a Kalleb por volta das 19h30. “Eles não me deram nenhum papel confirmando a alta e agora estão dizendo que eu saí por conta própria. Como eu poderia deixar a UPA com o meu filho nessas condições?”, questiona a mãe. Em casa, Kalleb continua com um quadro de saúde grave e a família pensa em leva-lo para Macaé ou Campos, em busca de uma solução.

Michele Sousa, do projeto “Fada Madrinha”, que dá assistência às famílias de Tamoios, explicou que a mãe de Kalleb a procurou pedindo ajuda, depois da romaria nas unidades de saúde e sem encontrar solução para o caso. “Eu entendo que a saúde está em primeiro lugar, mas ao que parece em Cabo Frio isso não é regra. O atendimento na UPA de Tamoios está cada vez pior. O atendimento é precário, falta praticamente todo tipo de recurso e medicamentos e até a higienização e limpeza da unidade deixa a desejar. É de se compreender porque a família resolveu levar o Kalleb para outras cidades. Aqui está sem condições”, disse.

Michele Sousa, do projeto “Fada Madrinha”, que dá assistência às famílias de Tamoios, explicou que a mãe de Kalleb a procurou pedindo ajuda, depois da romaria nas unidades de saúde e sem encontrar solução para o caso. “Eu entendo que a saúde está em primeiro lugar, mas ao que parece em Cabo Frio isso não é regra. O atendimento na UPA de Tamoios está cada vez pior. O atendimento é precário, falta praticamente todo tipo de recurso e medicamentos e até a higienização e limpeza da unidade deixa a desejar. É de se compreender porque a família resolveu levar o Kalleb para outras cidades. Aqui está sem condições”, disse.

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