quarta-feira, 10 de julho de 2019

Polícia do DF pede que vítimas de enfermeira suspeita de cobrar por cirurgias façam denúncia


A Polícia Civil do DF, em parceria com o Ministério Publico, realizou 4 ações de busca e apreensão, na última sexta-feira (5), para apurar denúncias de venda de cirurgias e atestados no Hospital Regional de Taguatinga.

Foram apreendidos carimbos de médicos com registro da categoria e blocos de atestados.

Uma ex-servidora da secretaria de saúde, que foi exonerada após as primeiras denúncias, em maio, é acusada de cobrar para antecipar cirurgias e vender atestados.

Segundo o apurado, a então chefe de enfermagem do Hospital de Taguatinga cobrava de R$250 a R$5 mil para antecipar procedimentos cirúrgicos.

O delegado da polícia civil, Leonardo de Castro, afirma que o material apreendido traz mais indícios de que os crimes ocorreram.

O promotor do Ministério Público do caso, Cleiton Germano, explicou como a acusada atuava no sistema público de saúde do DF.

O promotor diz que o controle interno do hospital e da secretaria de saúde falharam, já que a denúncia chegou às autoridades por meio dos usuários do sistema.

A ex-servidora pública pode responder por corrupção passiva, falsidade ideológica e falsificação de documento público.

Se comprovada a atuação de outras pessoas, pode ainda ser denunciada por associação criminosa ou formação de quadrilha.

A justiça determinou o pagamento de fiança de 10 salários-mínimos e a proibição de se aproximar das vítimas ou do hospital.

Caso descumpra as medidas cautelares, a ex-servidora pode ser presa por desobediência à decisão judicial.

A polícia pede que possíveis vítimas da enfermeira denunciem pois quem pagou por uma cirurgia, por exemplo, não pode ser acusado de nenhum crime.

A Secretaria de Saúde do DF disse que o Hospital de Taguatinga está à disposição para colaborar com as investigações. 


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